A discussão da união entre o DEM e o PTB, iniciada em março deste ano, chegou ao fim. O prazo para que as duas siglas anunciassem a fusão termina neste domingo (31). No entanto, as conversas foram encerradas. Quem informa é o deputado federal Benito Gama, um dos entusiastas pelo PTB da tese da fusão da legenda com o DEM. “Não tem mais tempo útil para negociar”, diz o parlamentar baiano. Segundo ele, o que inviabilizou o acordo foi a insistência do DEM em assumir mais da metade do controle do novo partido nos diretórios. Os petebistas propunham meio a meio.
Outro grave ponto de discordância política foi a tendência da maior parte da bancada do PTB, que sempre foi da base aliada da presidente Dilma Rousseff, de assim permanecer, apesar da possível fusão. Já na eleição presidencial de 2014 isso ficou claro e mostrou uma cisão de pensamento entre a bancada, que apoiou majoritariamente a presidente, indo de encontro ao comando do partido.
ACM Neto
Um dos principais articuladores da fusão, e também beneficiário, seria o prefeito de Salvador, ACM Neto, ele participou ativamente das negociações. Juntas, as duas siglas ficariam com a quarta maior bancada na Câmara Federal (46) deputados federais e maior tempo no rádio e na TV nas eleições. O não entendimento frustra os planos do prefeito.
Ele ganharia tempo de televisão para o seu projeto de reeleição na disputa de 2016. Ou seja, ficaria menos dependente de acordo com siglas nanicas. No entanto, especula-se que há um plano B. A alternativa seria, portanto, a fusão entre o PSB e o PPS, com Neto assumindo o controle do novo partido na Bahia. Extraído do site Brasil 247/Bahia.