A crise na segurança pública do estado e a necessidade de o Parlamento ser mais “ativo” na apresentação de propostas de combate ao aumento da criminalidade foram relatadas em discurso, realizado pelo deputado estadual Leur Lomanto Jr (PMDB), na Assembleia Legislativa da Bahia. O deputado conclamou todos os pares a se unirem na apresentação de ideias e projetos que busquem conter a atual situação de violência que acontece em todo o estado. Segundo ele, os baianos já não suportam mais o quadro de insegurança que atinge desde as pequenas às grandes cidades, causando perdas incalculáveis. Uma das sugestões do peemedebista é expandir o número de companhias especializadas de Polícia, conhecidas como Cipe, porém, conforme o parlamentar, é preciso pensar em novas fórmulas inibidoras do crime.
Leur Jr. citou a “audácia” cada vez mais presente nas ações dos criminosos, a exemplo de uma quadrilha que assaltou ontem a agência do Banco do Brasil, na cidade do Conde, na Linha Verde, onde seguranças da instituição financeira foram amarrados nos capôs dos carros para serem feitos de escudo.
“É necessário urgente que este Parlamento erga a sua voz para apresentar soluções concretas que possam melhorar a segurança pública do nosso estado. Não dá apenas para criticar. Temos que deixar de lado as questões políticas e partidárias para debruçarmos sobre o assunto, pois quem está sofrendo com essa situação de medo e violência é a população baiana. O importante é que esta Casa se levante para tratar desse grave problema que vem atingindo a todos”, afirmou.
O deputado citou uma das demandas que tem apresentado desde o primeiro mandato, como a instalação da Companhia Independente de Polícia Especializada (CIPE) em todas as cidades de médio porte do estado. Entre os municípios foram Jequié e Seabra, onde cresceram o número de assaltos a mão armada aos empreendimentos comerciais, além da disputa por tráfico de drogas e dos homicídios. Leur Jr. citou também o crescimento do roubo de carros, sendo cinco mil em todo o estado, nos últimos três meses, além das explosões de caixas eletrônicos que ocorrem todos os dias.