O líder da oposição na Câmara de Vereadores de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), criticou nesta quarta-feira (10) a postura do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), que vem sendo o porta-voz do Movimento Brasil Livre (MBL), na Bahia. Alguns representantes do movimento são ligados aos políticos de direita e estão realizando encontros para traçar estratégias para protestos durante o Congresso Nacional do PT, que será realizado desta quinta-feira (11) até o sábado (13), na capital baiana. “Ir para a casa do outro provocar e incomodar é uma ação sem precedentes. Aleluia agora virou revolucionário, ele quer ser revolucionário e associar jovens às questões falidas defendidas por ele e pelo grupo dele”, dispara Suíca.
De acordo com o vereador de Salvador, “vários políticos que sempre estiveram no governo nunca tiveram outra função a não ser de secretários e deixaram o país favorecendo apenas uma classe social, enquanto os negros e pobres lutaram lado a lado para democratizar esse país. Esse mesmo cidadão que se diz revolucionário defendeu a Ditadura Militar, que sumiu com vários corpos de cidadãos que buscavam a abertura política na época. Foi o grupo dele que orquestrou o massacre em Eldorado dos Carajás, no Pará, onde mais de 20 sem terras foram assassinados. É bom também frisar que Aleluia foi secretário em Salvador e o legado que deixou foi a fama de ser um fabricante de multas”, diz o petista.
Suíca ainda apontou para o jovem coordenador Kim Kataguiri, que se apresenta como referência do MBL no país. Para ele, a juventude é fundamental na renovação do sistema político com atuação sem mordaças. “Precisamos renovar na política, mas não com pessoas adestradas que reproduzem o que ouvem da burguesia opressora”. O edil também lembrou que o deputado Aleluia foi envolvido em escândalo por ter recebido R$ 120 mil da Câmara Federal de uma cirurgia que fez antes mesmo de tomar posse. “É preciso lembrar, para que não esqueçam que foi esse mesmo grupo político que Aleluia faz parte que espancou os trabalhadores de limpeza urbana em 1997. Sem falar nos mais de 4 mil demitidos em Salvador à época e agora querem ser os paladinos da moralidade”, finaliza.