Uma nova reunião entre os professores das universidades estaduais e o governo da Bahia não gerou acordo, e os servidores resolveram ocupar a a Secretaria da Educação, em Salvador, por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (15). A greve, iniciada no dia 13 de maio, dura mais de dois meses. O governo informou que uma proposta foi apresentada aos professores e que será formalizada na tarde desta quarta para avaliação da categoria. Após isso, o governo disse que vai esperar uma contraproposta dos servidores.
Segundo a Associação dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), entre os principais impasses estão a progressão e alteração do regime de trabalho e a suplementação do orçamento em R$ 19 milhões, montante que teria sido reduzido em dois anos por meio de cortes anuais. Sobre a progressão, o sindicato aponta que pelo menos 200 trabalhadores que têm doutorado não recebem como doutor, o que deveria ser modificado.
A Aduneb indicou que a mobilização afeta as atividades acadêmicas de ao menos 60 mil alunos e de 5,5 mil professores. Aderem ao movimento professores das quatro universidades estaduais da Bahia – Uneb, Uefs, Uesb e Uesc. Entre as reivindicações, estão promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho, ampliação no número de professores e investimento de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o orçamento das instituições. A categoria pede também a criação de uma política de permanência estudantil efetiva que assegure aos alunos condições de concluírem seus cursos. Durante a manhã, manifestantes chegaram em ônibus e montaram barracas de acampamento e estenderam faixas com mensagens de protesto. Com informações do site da Aduneb e do Portal G1.