A série de greves e paralisações de funcionários públicos de diferentes setores tem causado desgaste político e institucional na Bahia. Essa é a opinião do líder da oposição na Câmara de Vereadores de Salvador, o petista Luiz Carlos Suíca (PT), que nesta sexta-feira (24), cobrou mais diálogo dos governos estadual, federal e municipal com os sindicatos dos trabalhadores, que seguem com as campanhas de melhorias, reajustes e benefícios. “Os direitos de protesto e paralisação estão na Constituição, o que falta é diálogo. O que mais me impressiona é que temos governantes que foram sindicalistas, legisladores e não passam a importância do diálogo para seus secretários e subordinados. Eu não me conformo com isso! No diálogo resolveríamos metade das malversações do erário que fazem, principalmente, as empresas contratadas pelos governos”, dispara Suíca.
Para o edil, é inadmissível as universidades estaduais paradas, os funcionários da Conder e da saúde em greve, os terceirizados cumprindo paralisações no interior, agentes de endemias parados em Salvador, a Ufba parada e outros setores também na eminência de parar. “São três esferas, precisamos entender que é necessário sentar e conversar. Os trabalhadores de limpeza saíram da mesa de negociação com reajustes e com garantias junto à prefeitura de Salvador, por exemplo. Pensamos na organização da cidade e os trabalhadores de limpeza não pararam, colocaram a cidade acima das finanças, mesmo entendendo a importância dos aumentos para suas famílias”.
De acordo com o petista, o importante agora é diminuir o desgaste, mas para isso é preciso ter maior atenção de todos os setores dos governos. “Sabemos que o país passa por uma crise, mas um filho gosta de receber atenção do pai. Já pensou um filho pedir benção ao pai ou à mãe e eles não responderem? Talvez respondam, não da forma que o filho mereça ou queira, mas eles darão a benção da forma que podem, mesmo se eles estiverem aborrecidos, vão mostrar que estão passando por dificuldades e o filho entenderá”, finaliza.