Um objeto luminoso foi visto se movendo no céu em pelo menos duas cidades do Rio Grande do Sul (RS) na noite desta quinta-feira (30), conforme relatos de moradores e registros por foto e vídeo. Em Porto Alegre, uma fotografia feita no bairro Três Figueiras mostra uma luz verde, enquanto um vídeo gravado na Praia do Cassino, em Rio Grande, exibe o deslocamento do corpo. O cirurgião dentista Fábio Roca, de 31 anos, conta ter visto o objeto enquanto confraternizava com amigos em um bar no bairro Três Figueiras, pouco depois das 21h. “Fiquei maravilhado”, conta Fábio, que usou o telefone celular para fotografar a luz. “Nunca havia visto algo assim. Foi fantástico. Não tenho outra palavra”, destacou.
A mais de 300 km de distância, o empresário Lenon Porto, de 24 anos, fechava a loja de ração para animais que possui na Praia do Cassino quando uma amiga o chamou para ver uma luz se deslocando no céu. “Ela me chamou para olhar para o céu e eu vi uma luz verde. Era muito bonito. Acho que jamais terei uma experiência semelhante a esta em minha vida”, conta Porto. O empresário diz não ter tido tempo de registrar o momento em que a luz parecia ainda mais brilhante. Ainda assim, teve tempo de gravar o vídeo (veja acima). “Achamos que era uma estrela cadente. Quando parecia estar mais perto, ficou verde, e com um rastro verde. Depois sumiu de novo”, conta.
Técnico da PUCRS cogita meteoro, meteorito ou lixo espacial
O técnico do Laboratório de Astronomia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Marcelo Emílio Bruckmann, também disse ter recebido relatos do fato. Ele afirma que há três possibilidades: que seja um meteorito, que pode vir a se tornar um meteoro; um meteoro, corpo que começa a se pulverizar ou fragmentar, ou lixo espacial. Em relação às duas primeiras possibilidades, somente uma imagem mais nítida poderia comprovar. “Essa hipótese não se descarta. Se, de repente houvesse uma imagem mais ou menos do último suspiro dele, poderíamos ter uma ideia mais própria disso”, declarou.
Já a terceira hipótese ganha força devido à trajetória do objeto, evidenciada pelo fato de ter aparecido em pelo menos duas cidades diferentes. “Isso mostra que ele descreve uma órbita rasante, o que pode amparar a ideia do lixo espacial. São objetos que acabam orbitando e descrevem trajetórias muito mais intensas”, explica. O estudioso acredita que o objeto tenha se desintegrado sem tocar o solo, e destaca que a entrada de corpos na atmosfera terrestre não é um fenômeno raro como se imagina. “Para as pessoas que não têm o costume, não estão familiarizadas com estes eventos, se deparar com isso é quase assustador, mas não são eventos esporádicos. São frequentes”, destaca. Extraído do Portal G1.