As empresas de ônibus “Auto Ônibus São João Ltda” e a “Ônibus Rosa Ltda”, que venceram a licitação do sistema de transporte urbano de Feira de Santana, vão operar na cidade nos próximos seis meses. A informação é da prefeitura, que por meio de nota, ainda disse que um contrato emergencial foi assinado nesta terça-feira (18) entre essas empresas e a prefeitura. A previsão é de que a partir da quarta-feira (26), os ônibus já estejam em circulação. Os veículos foram conseguidos com empresas do Rio de Janeiro e de São Paulo e devem demorar alguns dias para chegar ao município. Até lá, a população poderá usar vans, táxis, veículos regularizados que fazem o transporte de passageiros dos municípios próximos e mototaxistas autorizados.
O impasse entre a prefeitura de Feira de Santana e as empresas de transporte coletivo entrou no terceiro dia, nesta terça-feira (18). Os ônibus não circulam na cidade desde o domingo (16). O transporte público da cidade foi interrompido pelas empresas que operavam o setor, a Princesinha e a 18 de Setembro. O contrato emergencial, de seis meses, firmado com a prefeitura, seria encerrado na próxima terça-feira (25). O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, acompanhado pelos representantes das empresas de ônibus, apresentaram o plano de ação para o período durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira.
Cerca de 170 veículos devem circular pela cidade. Como o período é emergencial, todo os veículos são usados e as suas idades variam entre dois e dez anos de uso. Após o período emergencial de seis meses, as empresas vão ter que utilizar 270 veículos novos, conforme determinado na licitação que ocorreu no dia 14 deste mês. Além disso, neste primeiro momento os motoristas e cobradores que já atuam no sistema de transporte coletivo urbano serão mantidos. De acordo com informações do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (SINCOL), as empresas de transportes não têm mais condições de manter o sistema em circulação.
Apesar da situação, Ronaldo Mendes, advogado do SINCOL disse que as empresas de ônibus que estavam atuando na cidade têm interesse em renovar o contrato emergencial com a prefeitura, até que as novas empresas vencedoras da licitação assumam o sistema, mas fazem algumas exigências. “Do ponto de vista prático, a prefeitura deve disponibilizar R$ 6 milhões, em média, que o valor devido de compra de vale transporte pelo governo passado, para uma conta dos trabalhadores ou para pagar a rescisão. As empresas não conseguem ter caixa para bancar a operação do sistema, e por conta disso, não consegue operar a circulação dos ônibus de forma regular na cidade”, disse Mendes.
O advogado do Sincol informou também que as empresas Princesinha e 18 de Setembro não chegaram a participar do processo licitatório porque não tinham condições financeiras. Ele alega que elas entraram em recuperação judicial por falência após ter dificuldades desde que a tarifa foi reduzida em R$ 0,15, em 2013. Matéria extraída na íntegra do Portal G1-BA.