“A licitação já era pronta para beneficiar uma empresa específica e, combinada com o sócio dela, de que uma parte do valor seria destinada justamente ao prefeito”, explicou o delegado Rodrigo Kolbe sobre o esquema criminoso dentro da prefeitura de Mirante, região sudoeste, que tem como principal suspeito o prefeito Hélio Ramos Silva (PMDB). A investigação da Polícia Federal (PF) foi detalhada em coletiva à imprensa na tarde da terça-feira (20).
O político teve a função pública suspensa e está proibido de entrar nas dependências da prefeitura. A Operação Belvedere, deflagrada pela manhã, combate o esquema de fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município, praticados em favor do prefeito, informou a PF de Vitória da Conquista. A investigação foi realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF).
Foi constatado que as empresas envolvidas no esquema de licitação teriam recebido mais de R$ 4 milhões do município. Parte do dinheiro que iria para o prefeito era depositado na conta de um funcionário da prefeitura que recebia R$ 800 de salário, o que chamou atenção da polícia pela grande movimentação bancária. Além do prefeito, a mulher dele, Mônica Alves de Lima, presidente da comissão de licitação e funcionários da prefeitura também são acusados de participar do esquema.
Além da suspensão da função do prefeito, a operação cumpriu mandados de busca e apreensão, mandados de condução coercitiva, mandados de suspensão do exercício da função pública e a proibição de entrar nas dependências da prefeitura, entre eles o da primeira dama e outros servidores públicos ligados ao esquema nas cidades de Mirante, Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Serra, Poções, Planalto e Feira de Santana. De acordo com a PF, também foi realizado o bloqueio e sequestro de bens e valores de R$ 1.095.000. Do Portal G1.
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