Algumas das belas paisagens da Chapada Diamantina foram afetadas pelo fogo que atinge a região há mais de duas semanas. As imagens mostram a vegetação queimada próximo ao Rio Mucugezinho e de um dos cartões postais da região, o Morro do Pai Inácio. O trabalho de combate ao fogo é feito por brigadistas voluntários, bombeiros e aeronaves. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema), os focos de incêndio ainda estão nas localidades de Morro Branco, Barro Branco e Serra do Sobradinho. Nas regiões de Folha Larga e do Vale do Capão, o fogo é considerado controlado e segue em monitoramento.
A previsão é de que ao menos 30 mil hectares tenham sido atingidos na região com o incêndio. A pasta ainda informa que a chuva atingiu várias cidades da Chapada na quarta-feira (25). Há registros de chuvas em Seabra, Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Ibicoara, Mucugê, Barra da Estiva, Iraquara, Piatã e Abaíra.
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Danos ambientais
O secretário de Meio Ambiente do Estado, Eugênio Spengler, avalia que os danos causados pelo incêndio sejam difíceis de ser revertidos. “As perdas são muito grandes. Talvez não se possa superar [danos]”, definiu. A destruição de orquídeas, a morte de animais e impacto sobre as nascentes são apontados como as principais consequências do incêndio. Localizada no Centro da Bahia, a Chapada Diamantina é apontada pela Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa) como coração do estado. O Rio Paraguaçu, por exemplo, responsável por parte do abastecimento das regiões metropolitanas de Salvador e Feira de Santana, sofreu com os impactos do fogo.
Galeria de imagens do Portal Chapada
“A Chapada é uma caixa d´água, podemos chamar assim. Aqui nascem muito rios. Um deles é o Rio Paraguaçu, que abastece grande parte da região metropolitana de Salvador e da região metropolitana de Feira de Santana. Cerca de três milhões e 500 mil pessoas são abastecidas por ele [nessas localidades]”, explica. Por conta dos incêndios, houve destruição de vegetação que fica na nascente do rio. “Vai demorar alguns anos para ser recuperada. Daqui a pouco vai chover, e isso [a falta de vegetação na nascente] compromete com erosão e assoreamento. A quantidade e a qualidade da água pode ser afetada”, estima.
Além do rio, o secretário de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, afirma que os incêndios destroem exemplares da flora. Há grande preocupação com as orquídeas. Conforme a BahiaTursa, há 50 espécies da planta em toda a região. “Ainda não tem números, mas ainda temos mortes de cobras, de aves ainda com ninho, felinos, insetos. São muitas perdas”, resume. Matéria extraída na íntegra do Portal G1.
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