Os focos de incêndios que queimaram a vegetação da Chapada Diamantina por 75 dias entre o fim do ano passado e o começo desse ano foram um dos assuntos conversados entre o procurador-geral de Justiça Márcio Fahel e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, coronel Francisco Luiz Telles de Macêdo, na noite da última quarta-feira (13) no gabinete do procurador. Eles também conversaram sobre a atuação dos bombeiros do estado, em outros casos.
A apuração das causas desses incêndios será investigada pelos órgãos competentes. A expectativa de voluntários que trabalharam no combate é descobrir por que demorou quase três meses para que o fogo fosse controlado. Além disso, brigadistas afirmam que o fogo só foi debelado com a chegada das chuvas na região.
Quem também esteve presente nesse encontro foi o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Miguel Angelo da Silva, o tenente coronel BM Jair dos Reis Pereira, o major BM Ednei Factum, o capitão BM Allan Mineiro, o assistente militar do Ministério Público baiano, capitão Cláudio Xavier, os promotores de Justiça Antônio Ferreira Villas Boas, coordenador da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), e Luis Cláudio Cunha Nogueira, chefe da Gabinete em exercício.
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Campanha é lançada em Teixeira de Freitas
Do outro lado do estado, foi lançada em Teixeira de Freitas, no extremo sul, na última quarta-feira (13), uma campanha de conscientização contra incêndio e uso inadequado do fogo em regiões de mata, na zona rural, ou mesmo na zona urbana dos municípios baianos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em conjunto com o Ministério Público estadual (MP).
A campanha lembra que o uso indevido do fogo na agricultura, ou mesmo na queima de lixo doméstico podem desencadear desastres ambientais de grande porte. Há uma preocupação do MP de que proprietários de terras estejam queimando vegetações nativas para não as declararem no Cadastro Rural Ambiental.
“Todos devem saber que há imagens de satélite que conseguem determinar qual era a verdadeira formação vegetal do imóvel rural”, afirmou o promotor de Justiça Regional Ambiental de Teixeira de Freitas, Fábio Fernandes Corrêa. “Tentar mudar a realidade com a prática de incêndios levará à responsabilização do detentor da propriedade ou posse rural, inclusive na esfera criminal”, finalizou. Jornal da Chapada com informações do MP-BA.