Uma pesquisa da National Center of Biotechnology Information (NCBI – Centro Nacional de Informação sobre Biotecnologia), entidade localizada nos Estados Unidos, afirma que a maconha é 144 vezes menos mortal que o álcool. A pesquisa, que foi publicada na revista científica Scientific Reports, incluiu mais cinco drogas e o álcool foi considerada a droga mais perigosa.
O álcool é seguido pela heroína, cocaína, tabaco, ecstasy, metanfetamina e maconha. Estudos anteriores sempre consideraram a maconha como a droga recreacional mais segura, mas ainda não se sabia o tamanho da discrepância entre as substâncias. Segundo seus autores, o estudo foi feito especificamente para medir a mortalidade das substâncias isoladas. Os pesquisadores determinaram o risco de mortalidade ao comparar uma dose letal de cada substância com a quantidade geralmente usada pelas pessoas.
A maconha não apenas teve a razão mais baixa entre as drogas testadas, como foi verificada uma grande diferença entre suas doses letais e típicas. A erva foi a única droga testada classificada com “baixo risco de mortalidade”. Todas as outras foram classificadas como “médias” ou “altas”.
Os autores do estudo sugerem que as agências governamentais de combate a drogas poderiam, baseadas nos números, alterar a estratégia de combate aos entorpecentes. Segundo os pesquisadores, colocar o foco do trabalho no álcool e tabaco seria mais efetivo para a saúde pública do que o combate às drogas ilícitas.
Os cientistas esclarecem que o estudo não sugere que o consumo moderado de álcool é mais perigoso que o uso regular de heroína, por exemplo. Condições ambientais, como agulhas contaminadas, podem contribuir para os danos causados para usuários de substâncias injetáveis. Com informações de Gabriel Garcia.