O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), criticou uma possível ‘partidarização do judiciário’ brasileiro e os atos contra a democracia, e defendeu a soberania da nação. Nesta segunda-feira (14), após reunião da bancada do PT na Câmara de Vereadores, Suíca disse que “os partidos de oposição ao governo de Dilma Rousseff deveriam pensar mais no país e trabalhar em cima de fatos e da realidade”. Para o edil, a tentativa de golpe via judiciário é evidente e a de criminalizar os movimentos sociais e populares teve mais um capítulo na capital baiana, no final de semana. “Prenderam um militante, conhecido por atuar nas manifestações de Julho de 2013. Walter Takemoto foi abordado e levado preso durante uma abordagem, após protesto contra uma emissora de Televisão, no último domingo”.
Para Suíca, a ofensiva de políticos oposicionistas e de setores da sociedade e da imprensa é justamente para travar as investigações e inúmeros processos em andamento. “A intenção é clara, querem parar as investigações na prisão de Lula ou no impeachment de Dilma. Até os movimentos sociais e setores do PT são alvos desse terror midiático. E não só midiático, a sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Diadema foi invadida por policiais durante reunião pró-Lula. Parecia atos dos anos da Ditadura Militar, em São Paulo, terror e intimidação. Por isso vamos às ruas no dia 18 de março para defender a democracia e a integridade deste projeto social em curso no país, que foi iniciado por Lula”. O petista ainda diz que “enquanto os burgueses querem a volta da submissão do povo negro e o retrocesso de direitos trabalhistas, há trabalhadores dispostos a lutar pela democracia”.
“Vamos defender a democracia, mas também não podemos aceitar que o governo federal debata a questão da reforma previdenciária agora. Nesse momento é um tiro no pé. Enquanto setores populares se aglutinam para combater o golpe, você tem políticas antipopulares sendo discutida na administração. Na Bahia, por exemplo, o governo estadual não consegue resolver a crise dos trabalhadores dos terceirizados. Vamos com esses profissionais para as ruas cobrar pagamentos no dia 18. Sabemos que precisamos de mudanças reais na política econômica do governo federal, mas dentro da Constituição. Não somos golpistas, queremos as reformas tributária, agrária, urbana e a garantia dos direitos fundamentais em todas as esferas”, completa.