O projeto Semeando Águas no Paraguaçu, realizado na Chapada Diamantina, mostrou o resultado de seu trabalho na última semana como as áreas já restauradas e a produção de mudas em dois viveiros apoiados pelo projeto, o da Associação Comunitária das Caraíbas, município de Mucugê, e o da brigada Bicho do Mato, em Ibicoara. O projeto é realizado pela Conservação Internacional (CI) em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e engloba os municípios de Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Ibicoara, Iraquara, Lençóis, Mucugê, Morro do Chapéu, Mulungu do Morro, Palmeiras, Piatã, Seabra, Souto Soares, Utinga e Wagner.
Para a coordenadora de Programas e Projetos de Biodiversidade e Florestas da Sema, Luciana Santa Rita, o aspecto de maior destaque percebido nesta etapa foi o efeito multiplicador da iniciativa. “É perceptível a mobilização de diferentes atores locais, população ribeirinha, produtores rurais, agentes públicos, o Movimento Associativo Indígena Payayá, todos estão empenhados no desenvolvimento do projeto. A Sema coordena e apóia vários projetos e iniciativas relacionadas a revitalização de bacias hidrográficas em todo o estado”, pontuou.
Desde março de 2014, quando o Projeto foi iniciado, aproximadamente 60 hectares de áreas de nascentes e áreas estratégicas ao longo do curso d’água do Rio Paraguaçu e afluentes estão sendo restauradas, por meio do plantio de 45 mil mudas de plantas nativas. Encontra-se em andamento à adequação ambiental de propriedades rurais com a inclusão no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR), as ações do projeto contemplam ainda a elaboração do plano estratégico para manutenção e recuperação da capacidade hídrica da bacia, em parceria com o Comitê de Bacia do Paraguaçu.
Um dos beneficiários e parceiro do projeto, o viveirista da Associação Bicho do Mato, Erlei Aguiar, descreveu os avanços obtidos na produção de mudas com o apoio do Semeando Águas no Paraguaçu. “Começamos com um pequeno viveiro no quintal de casa, através da troca de sementes, doações de mudas, com o apoio do projeto conseguimos construir uma nova estrutura, fomos capacitados através de um curso de gerenciamento de viveiros, aumentando a produção. Estamos iniciando a construção da nossa sede própria, para que possamos realizar atividades de educação ambiental, cursos e oficinas para estudantes de escolas públicas e comunidade”, completou Erlei. As informações são da Sema.