A taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador (RMS) cresceu em março de 2016, passando de 20,2%, em fevereiro, para 21,3% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto aumentou de 14,2% para 15,2%, e a de desemprego oculto oscilou de 6,0% para 6,1%. Informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMS), divulgada nesta quarta-feira 27, na Sala de Reuniões da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) pelos técnicos Frederico Fernandes (Observatório do Trabalho da Bahia – Setre); Ana Margaret Simões (Dieese); Ana Maria Guerreiro, Luiz Chateaubriand dos Santos e Áurea Ísis de Lima (SEI).
Reduções
Na pesquisa do Governo do Estado, o contingente de desempregados foi estimado em 395 mil pessoas, 18 mil a mais em relação ao mês anterior. “Este resultado decorreu das reduções no nível de ocupação (32 mil postos de trabalho) e na População Economicamente Ativa − PEA (–14 mil)”, afirma Frederico Fernandes (Observatório do Trabalho da Bahia). Ainda segundo Fernandes, “a taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – diminuiu de 56,9% para 56,4%, no período em análise”.
Representante do Dieese, Ana Margaret Simões disse que em março o contingente de ocupados teve redução de 2,1%, ficando estimado em 1.457 mil pessoas. “Houve um decréscimo no setor de Serviços (26 mil ou 2,7%), na Construção (5 mil ou 3,9%) e na Indústria de Transformação (4 mil ou 3,5%). O Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas ficou relativamente estável (+1 mil ou +0,4%)”, relata.
Declínio
Técnico da SEI, Luis Chateaubriand dos Santos informa que “o contingente de trabalhadores assalariados reduziu (30 mil ou 2,9%), em decorrência do declínio da ocupação no setor privado (7 mil ou 0,8%). E, em maior proporção, no setor público (22 mil postos ou 15,0%). Também no setor privado, registrou-se uma relativa estabilidade entre os trabalhadores com carteira assinada (-2 mil ou -0,3%) e redução entre aqueles sem carteira assinada (5 mil ou 5,1%)”, esclarece.
Para Ana Maria Guerreiro (SEI) “houve no mês de março um crescimento no agregado em outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (6 mil ou 9,0%). Estabilidade no contingente de trabalhadores autônomos (-1 mil ou -0,4%), e declínio do contingente de empregados domésticos (7 mil ou 5,7%)”, finaliza.
A pesquisa do mercado de trabalho na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS) é realizada, mensalmente, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre); Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese); e Fundação Seade do Estado de São Paulo, com apoio do MTE/FAT.