A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) manifestou publicamente sua indignação em relação à decisão do Senado Federal ao aceitar o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) e seu afastamento da presidência da República. Segundo o documento, não há crime cometido por Dilma, mesmo havendo as pedaladas fiscais. Inclusive, se fosse o caso, Michel Temer (PMDB) e outros políticos, como o senador mineiro Antônio Anastasia (PSDB) também deveriam estar afastados de seus cargos. Para o MST, o processo não passa de um “golpe institucional”.
“Um golpe institucional e anti-democrático, que desrespeitou a vontade de 54 milhões de eleitores e foi orquestrado pelos setores mais conservadores da sociedade, em especial o empresariado neoliberal e subserviente aos interesses das empresas Estadunidenses. Um golpe sustentado por uma campanha permanente dos grandes meios de comunicação – em especial, a Rede Globo –, e pela ação seletiva e midiática de setores do poder judiciário”, relata o MST na carta.
Ainda segundo o movimento social, Michel Temer não terá apoio popular e representa um retrocesso para a sociedade brasileira. A atenuação da crise econômica, social e instabilidade política será um fato, de acordo com o MST. Os militantes defendem a reforma política e a realização de eleições gerais para o cargo do executivo nacional. Segundo o documento, “o MST permanecerá mobilizado em defesa da democracia e dos direitos sociais, ao lado da Frente Brasil Popular e dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que não aceitarão o golpe”.
Jornal da Chapada