O governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) abandonou a meta empregada por Dilma Rousseff (PT) de contratar 2 milhões de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida até 2018. A informação é do ministro das Cidades Bruno Araújo, que disse ao jornal Estado de São Paulo que a terceira etapa do programa está suspensa e passará por um “aprimoramento”. O ministro estimou que 40 dias será o tempo necessário para avaliar principal vitrine de sua pasta. Segundo ele, a nova meta que será decidida para o programa vai depender das contas públicas, que será analisada pela equipe econômica de Temer, da qual o ministro da Fazenda Henrique Meirelles é o chefe.
Ele explica que “metas realistas” não geram expectativas falsas nos empresários e nos beneficiários das casas. Dilma havia anunciado em julho de 2014 a terceira fase do programa, na véspera do início da campanha eleitoral, em Brasília. Nesse dia, a presidente prometeu construir 3 milhões de casas até o fim de 2018, número reiterado outras vezes por ela. Depois, ela recuou meta para 2 milhões de unidades, com investimentos que poderiam chegar a R$210,6 bilhões, sendo R$41,2 bilhões do Orçamento-Geral da União.
Essa fase, no entanto, não saiu do papel, e Araújo disse que todas as condições serão reavaliadas. Ele disse que vai propor a Temer fazer uma cerimônia simbólica para inaugurar as casas do programa que estão prontas, mas ainda não foram entregues. Há mais de 46 mil moradias da faixa 1 – que atende famílias que ganham até R$ 1,8 mil) – concluídas. Dessas mais de 15 mil estão em cidades do interior com menos de 50 mil habitantes. A redação é do O POVO Online.