Por Magda Asenete*
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome que atinge diversas crianças. Lidar com alunos assim muitas vezes é um desafio para professores e equipe técnica. O fator principal é que elas tendem a ter um comportamento impulsivo, agitado e sem controle.
Além disso, raramente ficam sentadas ou concentradas em alguma atividade. Tudo ao seu redor parece ser causador de agitação e não aceitação de regras. Por isso, quando uma criança é diagnosticada com o transtorno, os pais devem sempre comunicar as instituições onde o filho estiver inserido. Isso ajudará para que não sofram constrangimentos ou falta de aceitação.
É fundamental que a escola tenha uma equipe pedagógica qualificada e competente para lidar com alunos com TDAH. Nesse processo, a parceria família e escola é fundamental. Também se faz necessário manter contato com os possíveis especialistas que trabalham a questão do transtorno daquele aluno específico. Dessa forma, os resultados serão mais eficazes.
Mas será que essas crianças são responsáveis pelas ações causados pelo transtorno? Não. Por isso, todos os profissionais que atuam na educação delas precisam fazer de tudo para ajuda-las, principalmente ter conhecimento sobre o tema. No entanto, não é uma tarefa fácil. O TDAH, por exemplo, afeta o desenvolvimento e o processo de aprendizagem. Ninguém consegue aprender sem que haja concentração e atenção.
A dispersão ainda impossibilita que o aluno se comprometa com o aprendizado. Aliás, é o que ele menos deseja. Nesse caso, é o dever da instituição de ensino criar um ambiente que possa acalmar. Deve-se ter também recursos para instigar o interesse de forma variada, atraente e desafiadora. Um desses ambientes são as salas interativas, apropriadas para chamar a atenção.
Em alguns momentos é necessário realizar um tratamento diferenciado em sala de aula. O ideal é conhecer a necessidade do aluno. A parceria entre família e os especialistas podem suprir as carências que possivelmente surjam, para alcançar os objetivos propostos para o sucesso da educação da criança.
Por exemplo, alunos com o transtorno, até mesmo adultos, não conseguem ficar sentados prestando atenção fixamente em dada situação durante muito tempo. Diante de tais circunstâncias, é recomendado que as provas sejam feitas em período mais longo e em lugares mais tranquilos para que o rendimento do aluno seja maior. Dessa forma, cria-se um bom ambiente para realização de testes e provas.
Como pedagoga, aconselho sempre os pais que aceitem um filho com TDAH. Não pode haver maquiagem nem disfarce nessa relação, e sim responsabilidade e parceria para realizar o acompanhamento necessário para o bem-estar social e pedagógico da criança. Não deixar de seguir fielmente orientação médica e de especialistas.
Nenhuma família precisa se sentir culpada pelo fato de ter alguém com o transtorno. Quanto menos tensão, melhor será a forma de ajuda-los. Crie-os sem medo. Ajude-os. Quem rotula é o adulto, não a criança. Geralmente os colegas de turma são muito pacientes com elas e também parceiros. Percebem a necessidade e procuram ajudar na medida do possível e da melhor maneira.
Com um acompanhamento bem feito, o TDAH não será um problema para a criança. Ela terá um desenvolvimento dentro da normalidade aceitável.
Magda Asenete, Pedagoga da In Company Assessoria e Treinamento