A segunda-feira – dia 29 de agosto de 2016 – entrou para a história como a data que um presidente da República foi ao Senado Federal, pela primeira vez, para se defender de acusações de crimes de responsabilidade. Dilma Rousseff prestou esclarecimentos durante 13 horas após um pronunciamento de 45 minutos feito no plenário, respondendo a questionamentos de mais de 60 parlamentares. O cenário político parou para assistir e ouvir o que a Chefe do Executivo tinha para dizer, inclusive a base, como o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), que esteve com Dilma antes do pronunciamento e disse, nesta terça-feira (30), que “ficou mais que óbvio que todo o processo é um golpe para implantar um projeto de retirada de direitos dos trabalhadores”.
Para Valmir, “Dilma já é a presidente que entrou para a história como uma mulher que luta pela democracia com altivez e segurança de quem não cometeu nenhuma irregularidade”. O parlamentar petista disse ainda que a presidente lutará até o último momento e já sinalizou que vai judicializar todo o processo, com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). “Não há crime de responsabilidade. Os três decretos de créditos suplementares que estão sendo julgados não configuram pedaladas fiscais e isso já foi esclarecido por especialistas. O julgamento é meramente político e tem vício em sua origem, com as chantagens de Eduardo Cunha”.
Assunção diz que o processo não tem base jurídica, e se trata de “uma retórica que envergonha o país. É fundamentada por uma aliança golpista daqueles que perderam o espaço no governo e que perderam as eleições em 2014, como o PSDB, o DEM e parte do PMDB de Cunha e Michel Temer. Dilma mostrou para eles que tem muito mais valentia e base técnica, que um covarde, golpista que evitou vaias e proibiu manifestações. Até mesmo os advogados de acusação entraram no jogo e foram para o Senado fazer política. A fase do processo que começou, nesta terça, mostra mais uma vez que é um processo fantasioso”, completa Valmir.
Confira ao vivo a sessão do impedimento: