Dificuldade para caminhar ou para subir uma escada, cansaço, pigarro, tosse com expectoração, falta de ar e dores no corpo são alguns dos sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), ainda desconhecida e subestimada pela população. Em casos mais avançados, o paciente pode ter dificuldade até para movimentos mais simples. Na próxima quinta-feira, dia 15 de setembro, a Associação Bahiana de Medicina (ABM), em parceria com a Prefeitura Municipal de Salvador, promove, das 8 às 12h, na Praça da Piedade, um mutirão para diagnóstico da doença com a participação de médicos e estudantes de medicina de várias instituições que estarão atendendo voluntariamente. A iniciativa também conta com o apoio da Associação Baiana dos Portadores de DPOC.
Os pacientes com exames alterados serão encaminhados para tratamento nos centros públicos de referência mais próximos de suas residências. “A ideia do mutirão é prevenir, diagnosticar e encaminhar para o tratamento o quanto antes as pessoas portadoras da doença”, afirma o pneumologista Guilhardo Fontes Ribeiro, diretor acadêmico da ABM e coordenador do ambulatório de DPOC do Hospital Santa Izabel. “Por falta de prevenção, infelizmente, muitas vezes quando a DPOC é diagnosticada ela já evoluiu e já desencadeou outras doenças associadas. Boa parte da população não sabe o que significa DPOC, falta informação sobre a doença”, acrescenta o especialista.
Durante o mutirão, fumantes acima dos 40 anos ou com mais de 35 anos e sintomas respiratórios e também ex-fumantes poderão realizar, gratuitamente, o exame de espirometria – que avalia a capacidade pulmonar e diagnostica a DPOC precocemente. Os fumantes serão aconselhados e encaminhados aos centros de referência para tratamento de tabagismo ou DPOC, caso o exame confirme a doença. Exames de glicemia e aferição de pressão arterial também poderão ser realizados no local. Segundo o especialista, parar de fumar é uma das medidas principais que devem ser adotadas ao iniciar o tratamento, mas para grande parte dos pacientes é muito difícil largar o cigarro. “O tratamento humanizado, multidisciplinar e individualizado é fundamental para o paciente portador da DPOC”, destaca o médico.