O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Everaldo Anunciação, minimizou as críticas de um grupo de correligionários liderado pelo deputado federal Jorge Solla de que “faltam diálogo e transparência” na direção da legenda. “Essa afirmação de que não tem diálogo deve ser sobre o PT de algum outro estado, porque aqui na Bahia toda e qualquer discussão é tomada em conjunto com todos os membros do diretório.Tenho tranquilidade de dizer que nossa democracia é forte e consolidada. Na última reunião do PT, por exemplo, foi aprovada por unanimidade a ata sobre o balanço do ano. Então, tenho certeza de que essa crítica de falta de diálogo não cabe à direção do PT na Bahia”, afirmou. O dirigente petista minimizou a ofensiva ainda ao dizer que desconhece qualquer chapa composta para disputar a presidência da legenda.
“Não houve até agora nenhuma inscrição de chapa para eleição estadual do PT. Mas é natural que com a proximidade do processo de escolha do novo diretório (que acontecerá em março) surjam essas críticas. Mas tenho certeza de que os companheiros só querem mesmo é ajudar o PT”, disse Everaldo.Lideranças de várias tendências internas do PT se uniram para disputar o processo de eleições diretas (PED) da legenda. No seminário ‘Mudar pra Valer’, na terça-feira (20), na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado federal Jorge Solla e o deputado estadual Marcelino Galo firmaram um ‘pacto’ pela disputa do PT baiano.
Compõem o grupo ainda o ex-deputado federal Amauri Teixeira, o ex-deputado estadual Yulo Oiticica e a ex-vice-prefeita de Salvador Beth Wagner.“A falta de diálogo e de transparência nas decisões do partido” foram pontos encarados como “fundamentais” a serem mudados. O texto do programa para o PT será apresentado em seminário estadual marcado para o dia 28 de janeiro próximo.
“Foi um encontro extremamente positivo. O PT continua sendo a alternativa partidária do nosso país. Nós temos é que, internamente, redimensionar, rever as práticas, repactuar e estabelecer a dinâmica de vivência coletiva do partido. Temos que superar o engessamento e dar uma sacudida. ‘Mudar pra Valer’ é na perspectiva de tornar o partido mais democrático e ampliar o debate dentro do PT”, disse Solla, líder do grupo de insatisfeitos. “A necessidade de restabelecer o diálogo com as bases e com os movimentos sociais” foi destacada pelo deputado Marcelino Galo. “Esse debate precisa ser amplo e estratégico com a sociedade. A eleição do PT é colegiada”. As informações são da Tribuna da Bahia.