A intenção é parar o Brasil com a greve geral marcada para o dia 28 de abril. Esta decisão foi tomada na última segunda-feira (27), após reunião com centrais sindicais, movimentos sociais e coletivos como as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. De acordo com os grupos, na resolução ainda consta um calendário de acúmulo de forças contra as reformas trabalhista, da previdência, e ações para barrar a terceirização de todo o serviço, além de pautas polêmicas em tramitação no Congresso Nacional com o comando do presidente Michel Temer (PMDB). Quem apoiou a iniciativa foi o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), um dos representantes do MST na Bahia. Nesta terça-feira (28), o petista defendeu “a força de organização dos movimentos e a necessidade da população cobrar debate e sua participação nas propostas”.
“Na verdade, Temer está pagando a conta do golpe contra Dilma, aprovando projetos que retiram direitos das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, beneficiando uma bancada de empresários. Estas propostas vão atacar em cheio o trabalhador do campo. Já tinha frisado isto antes e volto a dizer, somente com o povo nas ruas vamos conseguir frear as sandices deste governo ilegítimo”, aponta Valmir. De acordo com o deputado, desde a segunda quinzena do mês de março, os movimentos iniciaram protestos em diferentes cidades da Bahia. “Devemos passar pelo dia 31 com grandes manifestações. Até o dia 24 de abril o calendário deve ser extenso e vai culminar na greve geral, dia 28, contra o governo golpista e a retirada de direitos”.
Os movimentos sociais, centrais sindicais e coletivos populares estarão com atividades centrais nas capitais, cobrando o fim do desmonte da Previdência e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT. Grupos políticos também se mobilizam, como acontece com a coordenação do campo ‘Optei’, que disputa o Congresso do PT. A candidata à presidência do PT na Bahia, Fernanda Silva, quer a militância apoiando a preparação da greve.
“Devemos propor comitês locais intercategorias, com participação dos movimentos sociais de luta pela terra [urbana e rural], de juventude, da luta LGBT, das mulheres, do combate ao racismo, das lutas ambientais, de todas as frentes de massas que serão atingidas por essas reformas. Essa atitude, se tomada pela militância, além de fortalecer a resistência e a unidade das centrais sindicais, ainda oxigenará o próprio Congresso Partidário”, aponta Silva munida da nota da Optei.