Os vereadores de oposição do município de Boa Vista do Tupim, na Chapada Diamantina, foram à tribuna da Câmara, na sessão da última segunda-feira (17), fazer uma avaliação dos 100 dias do governo do prefeito Helder Lopes Campos, o Dinho (PSDB). Os edis apontaram os principais entraves que estão deixando a população local sem diversos serviços públicos. “São 100 dias, sem o Cras [Centro de Referência de Assistência Social] funcionando, sem dentistas, sem políticas para os agricultores familiares, sem aração de terras, sem garantia safra, sem iluminação pública de qualidade, sem geração de renda. Acredito que o povo de Boa Vista não tem muito que comemorar, pois estão sem diversos serviços”, aponta o vereador Neto do MST (PT).
O oposicionista Thacio Oliveira (PT) falou sobre a distribuição do peixe durante a Semana Santa, que deixou diversas famílias sem receber, e pediu mais atenção em como “o dinheiro público está sendo utilizado, pois as famílias estão ficando sem os serviços”. Assim também falou o vereador Caboré do Zuca (PSD), que cobrou a regularização do transporte escolar, pois houve uma licitação e mesmo assim alguns estudantes ainda não estão tendo o transporte escolar garantido de forma regular. “É preciso tomar uma providência, pois as crianças estão ficando sem aula”, diz o edil.
Neto do MST afirmou ainda que a gestão “está sendo conduzida de uma forma muito perseguidora”. Ele afirmou que “os professores entraram com ação na Justiça contra a postura do gestor em persegui-los, e mesmo após a liminar que determinava o retorno dos professores para a sede do município, o prefeito em plena Semana Santa, baixou outras portarias enviando novamente os professores para a zona rural”.
O vereador Olavo Santos de Oliveira (PCdoB) falou também sobre a plenária popular que aconteceu no povoado da Macambira, no dia 12 de abril, onde foram discutidas as demandas daquele povoado. “A maior irresponsabilidade que estão comentando é fornecer água bruta para a população. São muitas as queixas, o povoado encontra-se sem medicamentos, com médico indo de 15 em 15 dias, somente durante um turno, porque a prefeitura suspendeu a alimentação do médico, e não tem exames”, afirma Olavo. Jornal da Chapada com informações de assessoria.