Donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, fizeram uma denúncia explosiva ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo noticiou a Rede Globo. Os empresários disseram ter gravações de Michel Temer dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e deputado cassado, hoje condenado e preso. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley. O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, em cena filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o dinheiro e descobriu que ele foi depositado numa empresa do senador Zezé Perrella (PSDB-MG).
Segundo reportagem do Globo, “os diálogos e as entregas de malas (ou mochilas) com dinheiro foram filmadas pela PF. As cédulas tinham seus números de série informados aos procuradores. Como se fosse pouco, as malas ou mochilas estavam com chips para que se pudesse rastrear o caminho dos reais. Nessas ações controladas foram distribuídos cerca de R$ 3 milhões em propinas carimbadas durante todo o mês de abril”. A delação dos irmãos Joesley tem ainda um histórico de propinas pagas a políticos nos últimos dez anos. Redação do site Brasil 247. Leia a matéria do jornal O Globo.