Criada no dia 8 de março de 2015, a Operação Ronda Maria da Penha já realizou cerca de 4.660 atendimentos e visitas, além de atender mais de 1.100 mulheres. Em pouco mais de dois anos, a ação está na capital e em mais sete municípios baianos, levando também atividades de prevenção. E é para alinhar essas estratégias e trocar experiências que as comandantes da unidade, vinculada à Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), e policiais militares envolvidos no combate à violência contra à mulher estão reunidos no Primeiro Encontro da Operação Ronda Maria da Penha (ORMP). O evento, que acontece em Salvador, começou na manhã desta segunda-feira (29) e promove atividades também durante esta terça (30).
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo Brandão, que falou durante a abertura, no Quartel dos Aflitos, a experiência tem disso de sucesso na capital e no interior. “Esse encontro é também para coroar essa proposta de trabalho que lançamos em 2015 e sentimos a necessidade de sua expansão, diante da grande demanda. Esse é um momento de ajuste, mas também para avaliarmos a produtividade e os bons frutos que a Ronda Maria da Penha tem apresentado, trazendo muito benefícios para sociedade, especialmente por tratar de temas como a violência doméstica, o feminicídio. E onde já temos a Ronda hoje, temos resultados bastante significativos e animadores”. disse Brandão.
Além do número de atendimentos, os policiais militares envolvidos na Operação Ronda Maria da Penha levam ações de prevenção da violência contra a mulher para escolas, universidades, órgãos públicos, empresas privadas, e outros espaços, com palestras e atividades educativas. Somente com essas ações, mais de 7,7 mil baianos já foram alcançados. De acordo com a comandante da Ronda, major Denice Santiago, durante esses dois anos, muita coisa mudou com o avanço da ORMP.
Parcerias importantes
A major acredita “que uma das maiores conquistas da Ronda tenha sido a volta da credibilidade da mulher vítima de violência na segurança pública, que encontra na força policial militar pessoas para apoiá-la, assegurar e salvaguardar sua vida. Então, para todos nós, é um trabalho extremamente gratificante, porque temos a certeza de estar oferecendo um serviço de qualidade”.
Não é só a Polícia Militar da Bahia que tem enfrentado a violência contra a mulher na capital e no interior. Acreditando em ações em rede, a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira, também destacou durante o evento a importâncias das instituições atuarem integradas. “Trabalhamos em diferentes municípios baianos a campanha ‘Respeita as Mina’, e acreditamos muito nessas parcerias, nessa interação com outros órgãos, como Ministério Público, Tribunal de Justiça, e outros, para o sucesso dessas ações. A Ronda tem tido um protagonismo importante em inibir essa violência, e precisamos continuar avançando”.