Críticos à gestão do programa Bahia Sem Fogo, administrado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), os brigadistas Edvaldo Miranda e Homero Vieira, presidentes de brigadas voluntárias na Chapada Diamantina, voltaram a alertar para o período de queimadas e informaram que os voluntários estão sem Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para dar o primeiro combate. Mesmo com as baixas temperaturas noturnas, a região já registrou focos de incêndios florestais em localidade como Guiné, no município de Mucugê, uma das entradas para a famosa trilha do Vale do Pati. As chamas foram contidas neste final de semana.
Os combatentes estão preocupados em evitar que desastres como os vistos nos últimos anos não se repitam. No último domingo (24), o presidente da brigada Guerreiros de Barra da Estiva, Edvaldo Miranda, entrou em contato com o Jornal da Chapada para tratar do assunto. “Nós das brigadas voluntárias estamos sem material. Agosto e setembro são meses quentes e não temos como combater o fogo. Está muito complicado aqui. Não vamos deixar nossa Chapada queimar”, salienta Edvaldo. O brigadista ainda cita questões políticas como entraves para conseguir o material, mas diz que não vai desistir de apagar fogo. “Estamos na luta para salvar a Chapada Diamantina”, completa.
De acordo com Homero Vieira, presidente dos Combatentes de Incêndios Florestais de Andaraí (Cifa) a situação é similar em boa parte das brigadas da região chapadeira. “Elas estão sem equipamentos, material de combate desde 2015. O estado não repassou nada desde lá”, aponta. Vieira recentemente criticou a atuação do governo estadual no combate a incêndios florestais e os recursos gastos com o programa Bahia Sem Fogo (veja aqui). “Que Deus nos ajude, porque se depender desse programa a Chapada vai virar cinzas”, volta a criticar o brigadista em contato com o Jornal da Chapada nesta segunda-feira (24). Semana passada a Sema divulgou o calendário da segunda edição da Caravana Bahia sem Fogo (veja aqui)
Jornal da Chapada