A situação da iluminação pública do município de Boa Vista do Tupim, na Chapada Diamantina, foi denunciada pelo vereador e líder da oposição, Neto do MST (PT), na última sessão da Câmara Municipal, na segunda-feira (28). O caso, de acordo com o edil, tem sido tema de postagens de populares em redes sociais para denunciar o descaso com o setor. “Importante a gente dizer que, logo no início do ano, o prefeito realizou uma dispensa de licitação no valor de R$ 7 mil e comprou esse total de material elétrico e logo depois um pregão presencial no valor de R$ 115 mil, onde já foi pago R$ 17 mil para a empresa, e até agora a cidade encontra-se no escuro”, salienta Neto.
Além da iluminação pública, o vereador petista debateu durante a sessão e alertou sobre a situação dos dois grupos de sem tetos de Boa Vista do Tupim. O de Nova Esperança, no bairro das Populares, onde o terreno que foi ocupado é particular e existe um decreto de desapropriação da referida área, mas o atual gestor em negociação com o movimento e com o proprietário fez a proposta de uma área que, segundo o vereador, é imprópria para a construção de moradias e as famílias acampadas recusaram.
“Estamos lutando junto com as famílias para que o decreto que desapropriou a área ocupada seja cumprido, queremos resolver o problema do povo, que é habitação, e não resolver o problema do proprietário do terreno que é dono de muita terra em nossa cidade. O prefeito precisa se posicionar de que lado ele está, e tomar as decisões sobre aquele acampamento, não deixando acontecer o que aconteceu em sua última gestão, onde mandou a polícia para retirar as famílias de sua moradia”, diz Neto.
O vereador petista, enquanto líder da bancada de oposição, chamou a atenção ainda para algumas licitações que estão acontecendo em Boa Vista do Tupim com valores exorbitantes, e mostrou a licitação para alimentação de sistema de gestão no valor de R$ 144 mil, onde é pago mensalmente R$ 12 mil ao contratado.
“É um absurdo, enquanto as famílias estão passando fome em Boa Vista do Tupim, nosso dinheiro está pagando valores altíssimos para empresas monitorarem e alimentarem sistema de informação. Sei que é necessário e obrigatório esse serviço, mas os valores assustam, visto que o município é pobre e as famílias estão sofrendo com a ausência de recursos. Parece que falta de um lado para sobrar de outro. Vamos fiscalizar para que o dinheiro do povo seja utilizado de forma responsável, ainda tem muita coisa por vir”, finaliza. Jornal da Chapada com informações de assessoria.
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