O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), exonerou o Superintendente de Defesa Civil do município, Gustavo Ferraz, em decorrência da prisão preventiva contra ele, na manhã desta sexta (8) (veja aqui). Em nota, o órgão informou que “não compactua com nenhum ato ilícito e que qualquer servidor municipal envolvido em questões dessa natureza terá que responder na Justiça”. Ferraz foi vice na chapa do candidato a prefeito de Lauro de Freitas, Mateus Reis (PSDB), que teve o apoio do gestor de Salvador em 2016.
Gustavo Ferraz e o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que cumpria prisão domiciliar, foram presos na manhã de hoje, em Salvador, depois que a Polícia Federal pediu à Justiça Federal autorização dos mandados de prisão. A ação faz parte de mais uma fase da Operação Cui Bono.
Segundo despacho do juiz Wallisney Oliveira, Ferraz é suspeito de ser a pessoa indicada por Geddel para buscar, em 2012, “valores ilícitos” entregue por um emissário do ex-presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha. Além disso, a perícia realizada nas cédulas encontradas identificou fragmentos das impressões digitais de Geddel e Ferraz. De acordo com a Justiça Federal, Geddel deve chegar a Brasília, por volta das 15h desta sexta-feira (8).
Geddel e Gustavo Ferraz são levados presos para Brasília
Lauro de Freitas
O tucano candidato a prefeito de Lauro de Freitas se manifestou em rede social nesta sexta-feira (8) e se defendeu dizendo que não recebeu dinheiro do PMDB na campanha de 2016. “Sempre conduzi minha vida pública com muita transparência e integridade, e em função das investigações da Operação Cui Bono, da Polícia Federal, que investiga Geddel Vieira Lima e também o candidato a vice prefeito na minha chapa nas eleições do ano passado, Gustavo Ferraz, gostaria de esclarecer aos meus amigos e todos que me acompanham alguns fatos. A minha campanha não recebeu nenhuma verba do PMDB, e inclusive, a decisão de escolha do vice não foi uma opção definida por mim, e sim resultado de uma aliança entre os partidos de oposição”, postou Reis no Facebook.
Para o candidato derrotado nas urnas, “durante a definição da chapa, houve muitas pressões que resultaram na escolha de Gustavo como vice. Respeito o mesmo enquanto ser humano, porém, na condição de cidadão idôneo e íntegro que apoia a justiça brasileira e que quer ver os avanços na política acontecerem, apoio às investigações da PF, pois, assim como todos os brasileiros, também desejo que o nosso país seja passado a limpo e que os crimes de corrupção, desvio de verbas e todos os outros sejam investigados, e os envolvidos julgados conforme a lei”. Jornal da Chapada com informações da Agência Brasil.