O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (13), enquanto ele apresentava seu programa diário na Rádio Tupi. Os agentes cumpriram um mandado de prisão domiciliar por volta das 10h30m. O programa continuou com outro apresentador. Os agentes da PF levaram Garotinho para Campos, onde será cumprida a prisão domiciliar. Garotinho é réu em decorrência da ‘Operação Chequinho’, que investiga suposta fraude nas eleições municipais de Campos no ano passado com o uso do programa assistencial Cheque Cidadão. Em novembro, o ex-governador chegou a ser preso preventivamente junto com vereadores do município fluminense, mas obteve habeas corpus do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Peça-Chave
No início de junho o Ministério Público (MP) pediu a prisão do ex-governador, após a testemunha-chave da operação, Elizabeth Gonçalves dos Santos, denunciar à PF ter sofrido ameaças. Elizabeth fez a denúncia em maio. A pressão seria para não detalhar o esquema que envolveria compra de votos em troca do cadastramento no programa Cheque Cidadão. Ela trabalhou na Secretaria municipal de Desenvolvimento Humano e Social em 2016 e foi presa em outubro do ano passado acusada de participar do esquema. Elizabeth informou detalhes à PF e ao MP sobre como tudo funcionava.
Ao juiz da 100ª Zona Eleitoral, Elizabeth disse que, “em maio ou junho de 2016”, Garotinho determinou novo funcionamento do programa, orientando os candidatos a vereador aliados a buscar novos beneficiários. A testemunha contou ainda que ficou responsável por captar beneficiários que se comprometessem a votar na vereadora Linda Mara e em Dr. Chicão, o então candidato do casal Rosinha e Anthony Garotinho à prefeitura de Campos. A determinação seria pedir voto e dizer que o programa acabaria se não fossem eleitos. E que os cartões do programa eram entregues já desbloqueados para uso, ao contrário da prática anterior. Jornal da Chapada com informações de O Globo.