O impasse em uma propriedade rural invadida por índios no último sábado (23) em Potiraguá, no sul da Bahia, e que a polícia afirma pertencer ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), continua nesta segunda-feira (25). Um dos líderes da ocupação, o índio de Ararauã, é do município de Pau Brasil, e disse que o terreno da fazenda já foi usado como cemitério por povos indígenas. “A gente está lutando para estar no espaço onde tem um cemitério dos nossos antepassados. Essa terra aqui tem o espaço dos nossos antepassados”, disse.
De acordo com o delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, coordenador da Polícia Civil de Itapetinga, por se tratarem de indígenas o caso será remetido para a Polícia Federal (PF), que é responsável por atuar em situações dessa etnia. “Três funcionários disseram que eles estavam armados e falavam em dialetos, indicando que realmente se tratam de índios. Então, o caso irá para a PF”.
O delegado destaca que todos os funcionários que estavam na fazenda, e que foram feitos de reféns, foram liberados pouco após a ocupação. Ninguém foi ferido pelos índios. A Fazenda Esmeralda foi invadida, por volta das 2h do sábado, por cerca de 25 homens que estavam armados com espingardas e outras armas longas. Jornal da Chapada com informações do G1BA.