O adeus ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e secretário municipal em Itaetê, Márcio Matos, o popular Marcinho, nesta sexta-feira (26), foi marcado pela participação popular, de amigos, familiares e de políticos. O velório, realizado no galpão do MST, em Vitória da Conquista, ficou lotado. Entre os vários políticos presentes estiveram o governador Rui Costa (PT), os deputados federais Valmir Assunção (PT) e Alice Portugal (PCdoB), o ex-prefeito de Conquista Guilherme Menezes e uma série de liderança dos movimentos sociais, sindicais e de outros partidos. Márcio Matos foi morto em sua residência no Assentamento Boa Sorte, em Iramaia, na região da Chapada Diamantina, na última quarta-feira (24), na frente do filho de 6 anos.
Rui lembrou de Marcinho, da trajetória de luta do militante e se emocionou ao falar para todos da violência no campo. “É uma herança que vai ao extremo na violência e na execução daqueles que, ao longo da história do Brasil, lutaram e lutam pela igualdade, por uma relação mais fraterna, por uma relação mais humana e por direitos básicos do ser humano, ou seja, ter acesso ao trabalho, ter acesso à renda, ter acesso a uma vida digna”, disse Costa. E concluiu “ele permanecerá na memória de cada um de nós, pela sua caminhada, sua história e sua militância”. Ainda durante a sua fala, o governador detalhou alguns pontos da investigação especial gerida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) sobre esse caso que chocou o Brasil.
Ele disse, sem se aprofundar nos detalhes, que o crime teria sido de mando e os autores permaneceram de capacete no momento da execução. “Se trata de uma execução, e as pessoas que foram fazer o serviço tinham receio de serem reconhecidos, tanto é que continuaram usando capacetes. Mas não vou aqui falar da linha de investigação. Porque para o sucesso da investigação quanto mais sigiloso for maior é a chance de sucesso. Cada vez que a gente fala, essas notícias vão circulando e a gente vai facilitando que aqueles que mandaram e executaram posso se evadir”, salienta Rui Costa. O governador ainda disse que a resolução do crime é prioridade absoluta da SSP. O corpo de Marcinho foi enterrado no cemitério Parque da Cidade, por volta das 10h30.
Jornal da Chapada
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