O bebê Vitor Figueredo de Andrade, de 2 anos e 9 meses, natural de Irecê, morreu afogado na última quinta-feira (15), após se afogar na piscina da creche que frequentava no bairro Cabula VI, em Salvador. A criança chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Hospital Roberto Santos, mas não resistiu. A mãe precisou ser medicada. Familiares e amigos também estiveram no local, mas preferiram não falar com a imprensa. O corpo do menino foi removido da unidade de saúde por uma equipe do Departamento de Polícia Técnica (DPT), por volta das 18h, e levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi periciado. Conforme a polícia, o caso ocorreu por volta das 10h, na Creche Escola Construir.
Victor era natural de Irecê e o corpo dele, que foi liberado na manhã da sexta (16) IML Nina Rodrigues, foi enterrado em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, no último sábado (17). Na sexta, a escola estava fechada. A unidade oferece aulas da educação infantil até o ensino fundamental I. Em frente à creche há uma placa com a informação de que há aulas de natação e hidroginástica, além de outras modalidades fora da água. Funcionários e o dono da unidade de ensino, que também é professor educação física, e estava à frente do estabelecimento desde 2016, já começaram a ser ouvidos pela polícia.
Caso
A quinta-feira era o primeiro dia de aula de Vitor esse ano. O menino era filho único e já havia estudado na mesma creche no ano passado. A polícia informou que, por enquanto, trabalha com a hipótese de negligência, porque as condições da creche não eram adequadas. A unidade de ensino tem alvará de funcionamento da prefeitura, mas não o de liberação de uma obra que foi feita no local.
O proprietário e outros seis funcionários estavam na creche, no momento do acidente. Conforme as informações iniciais da polícia. De acordo com a polícia, a porta que dá acesso à área da piscina ficou aberta. O garoto saiu sem ser visto e caiu na piscina, que não estava coberta com tela de proteção. Há uma grade no acesso à água, mas a criança conseguiu passar. O garoto foi socorrido por dois professores.
A delegada Lúcia Jansen, titular da 11ª Delegacia (Tancredo Neves), informou que a professora tomava conta da turma de Victor no momento que o menino caiu na piscina. Na escola estavam matriculados bebês de seis meses a crianças de 6 anos. A delegada informou que somente indicará as eventuais responsabilidades pela morte após ouvir as testemunhas. Mas, à princípio, o dono da creche deve ser responsabilizado pelas construções irregulares e por responsabilidade solidária. A professora, caso seja comprovado, deverá responder pela omissão.
“De qualquer forma, houve uma omissão. Existe o dever de cuidado que a própria legislação prevê. Dentro do dever de cuidado da criança, existe, também, o cuidado com quem você se torna responsável, nesse caso o Vitor”, explica a delegada. As informações são do G1BA e do Correio 24h.