Nomeada em 2010 desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, Mônica Jacqueline Sifuentes Pacheco de Medeiros negou pedido da Polícia Federal de prisão temporária do secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, do atual secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, e do empresário Carlos Daltro, no âmbito da Operação Cartão Vermelho, que investiga superfaturamento na demolição e construção da Arena Fonte Novo.
Mônica Medeiros foi nomeada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu último ano de mandato. Em janeiro de 2016, o gabinete da desembargadora acumulava pouco mais de 2,6 mil ações. Em entrevista ao site Metrópoles, a desembargadora, que é de belo Horizonte, afirmou que o acúmulo de processo não acontece apenas em seu gabinete.
Na segunda-feira (26), agentes da PF estiveram na casa de Wagner, no Corredor da Vitória, na Casa Civil e na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no Centro Administrativo. Apreenderam HD´s, relógios, escritura do apartamento e da fazenda de Wagner, que fica em Andaraí, na Chapada Diamantina.
Segundo investigação da PF, Wagner recebeu R$ 82 milhões em propina. A polícia apontou ainda o superfaturamento de R$ 450 milhões no contrato para as obras tocadas pelo consórcio composto pelas empresas OAS e Odebrecht. Wagner nega as acusações. As informações são do Bocão News.