As fortes chuvas que afetaram famílias no município de Palmeiras, na Chapada Diamantina, no último final de semana foram presenciadas pelo senador da República Otto Alencar (PSD). A água da chuva levou entulhos para as ruas, invadiu casas e ampliou o volume de córregos, o que não acontecia há mais de 38 anos. O parlamentar falou com exclusividade ao Jornal da Chapada sobre o assunto e destacou dados históricos durante atividade do Fórum Social Mundial 2018, em Salvador, nesta quinta-feira (15). De acordo com Alencar, o que pode ser feito para evitar que casos como esse se repitam é transferir as famílias atingidas para um local mais alto.
“Eu estava lá, passei no dia, é imprevisível. Mesmo que o serviço de meteorologia deseje fazer essas previsões, às vezes ela é surpreendente. Eu estava lá no dia que o rio que passa em Palmeiras, o Rio Preto, encheu. É que antigamente as pessoas faziam suas residências próximas aos rios, lá pelo século XVIII e XIX. A frente da casa era para a rua e o fundo para o rio, para se pegar água para o gado e outras atividades. Fizeram essas casas assim, na beira do rio. Era para ter removido há muito tempo, mas não aconteceu. E sempre que tem trovoada e tromba d’água acontece isso”, frisa o senador, que é natural de Ruy Barbosa.
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Segundo Otto Alencar, em Palmeiras, o prefeito Ricardo Guimarães (PSD) precisa fazer um projeto para transferir as pessoas que moram na região atingida pelas chuvas. “O que tem que acontecer é o prefeito lá fazer um projeto para mudar, como mudamos em Lajedinho, as pessoas para um lugar mais alto. Em Lajedinho fizemos 300 casas nas áreas mais altas, não tem mais ninguém na beira do rio. Agora mesmo, neste ano, já teve duas trombas d’águas e não pegou ninguém. Mas, ainda assim, encontramos muita resistência para tirar as pessoas das casas. Lá em Lajedinho, por exemplo, para tirar as pessoas da beira do rio foi uma dificuldade”, completa.
Crescimento da violência
Sobre o crescimento da violência e o assassinato brutal da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (Psol), o senador Otto Alencar disse que o problema só será resolvido com políticas sociais. “Isso aí é com políticas sociais. Se a favela tivesse hospital, boa escola, indústria, todo mundo estivesse empregado, ninguém ia optar por estar roubando celular, nem atacar as pessoas. Isso aí precisa de seguidos governos estaduais e federais que não sejam corruptos”.
Vitor Fernandes para o Jornal da Chapada
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