Os embates políticos de 2018 não vão ficar apenas nas redes sociais. Incomodada com o uso da camiseta amarela da seleção brasileira de futebol por manifestantes, a designer gráfica Luisa Cardoso criou uma versão alternativa, vermelha, para torcedores que pretendem apoiar a seleção. Em uma postagem nas suas redes sociais, Luísa afirmou que a peça é voltada para aqueles que têm medo de serem confundidos “com pato paneleiro”. O pato foi um símbolo usado pela Fiesp durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A ideia surgiu no último fim de semana, no Twitter, e no início pareceu uma brincadeira.
Em uma foto que mostrava manifestantes limpando a calçada do prédio onde a ministra do STF Carmen Lúcia tem apartamento em Belo Horizonte, muitos vestiam a “amarelinha”. “Por favor alguém cria uma camiseta da CBF vermelha? Não quero usar a amarela na Copa”, escreveu uma amiga da designer. A mineira viu ali uma oportunidade e logo pôs a ideia no papel. Pouco tempo depois publicou um modelo feminino no Facebook. Em menos de um dia, a postagem teve mais de 500 compartilhamentos e mais de mil curtidas, além de centenas encomendas da camiseta. No lado direito do peito, a camiseta vermelha traz uma foice e um martelo, marca tradicional dos movimentos comunistas.
Em entrevista ao Uol Esporte, Luísa disse não se considerar comunista, e explicou: “Tanto eu quanto a Marcela somos de esquerda e como a camiseta da seleção virou um símbolo da direita, a gente quis oferecer uma opção crítica. É o mesmo modelo, mas na cor vermelha, para mostrar um contraponto”. Ela garante que sua intenção com a venda da peça não é ter lucro. As peças serão vendidas a partir de R$40. Para não criar conflito com a CBF, a camiseta vermelha, que deve começar a ser entregue no fim de abril, terá o escudo da antiga Confederação Brasileira de Desporto (CBD). As informações são de Esporte Fera.