A linha sucessória brasileira se transformou em mais um problema político para o presidente Michel Temer (MDB). É que os presidentes da Câmara e do Senado, a despeito de serem investigados e alvos de diversas acusações do Ministério Público Federal, também são candidatos e estão vetados pela lei eleitoral para assumirem a Presidência da República.
Isso os obriga a agendarem viagens internacionais toda vez que o titular do cargo viaja para o exterior, o que além de contrariá-los acaba por colocar em cena a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, institucionalmente a 5ª na linha sucessória.
“Temer deve embarcar do Brasil no dia 5 de maio e passar por quatro países da região. Nos dias 7 a 9, o presidente visitará Cingapura. Na sequência, vai a Bangkok (Tailândia), onde deve chegar dia 9 e partir dia 10. Depois, entre os dias 10 e 12, visitará Jacarta (Indonésia). E por fim, passará outros dois dias em Hanói (Vietnã).
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As viagens de Temer têm irritado os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). A irritação se deve ao fato de que terão de se ausentar do Brasil durante a campanha eleitoral, quando o democrata quer disputar o Planalto e o emedebista, reeleição”. Com informações do Estadão.