No Ponto de Entrevista dessa semana, o Jornal da Chapada conversou com o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro. O encontro aconteceu no município de Andaraí durante a primeira edição do ‘Conecta Chapada’ realizado nos dias 20 e 21 de abril. No bate-papo, a editora-chefe Deninha Fernandes fez um balanço do evento e tratou de cultura com Baleiro.
O simpático músico falou sobre a sua participação como convidado do anfitrião Targino Gondim, de seus 20 anos de carreira, completados em 2017 e de seus projetos pelo selo Saravá. Para quem não sabe, Zeca se transferiu para São Paulo onde lançou sua carreira musical.
Ele já teve suas composições interpretadas por artistas como Simone, Gal Costa, Elba Ramalho, Vange Milliet, Adriana Maciel, Luíza Possi, Rita Ribeiro, Renato Braz e Claudia Leitte entre outros, além de ser um nome forte da Música Popular Brasileira (MPB). Confira a íntegra da entrevista abaixo!
Jornal da Chapada – Como será o formato dessa apresentação em Andaraí?
Zeca Baleiro – A apresentação é no formato Targino convida, eu entro no show do Targino. A gente fez essa mesma forma em São Paulo e foi muito bacana. A gente tocou um pouco de tudo desde o trabalho de parceria que a gente vem desenvolvendo a algum tempo, mais intensamente nesse último ano, até cover de bandas e compositores que a gente gosta, como Fagner, Paralamas, Dominguinhos.
JC – Como é sua relação com Targino?
Baleiro – A gente se conhece há bastante tempo. A gente participou junto em um projeto da Elba (Ramalho) lá em Brasília há mais de 10 anos atrás. E ano passado estivemos como convidados no forró de Itaúna em Espírito Santo, eu tocava ‘Esperando na Janela’ no repertório, vi ele na plateia e chamei para cantar. Trocamos contato e de lá para cá temos composto freneticamente. Já tem quase um disco pronto.
Leia também
Conecta Chapada movimenta o município de Andaraí e leva cultura gratuita para a população
JC – Essa é sua segunda apresentação na Chapada, dá para curtir um pouco as belezas daqui?
Baleiro – Dessa vez está dando para curtir, porque a gente veio com mais tempo. Viemos um pouco antes do show e vamos voltar depois. Quando vim no Festival de Igatu não deu tempo. Deu para curtir a cidade, a vila, ver as pessoas. Não só as belezas naturais, mas conhecer o povo. Essa paisagem humana é tão interessante quanto a geográfica. A gente deve dar um passeio. Tem que selecionar, porque um dia só não dá para ver tudo.
JC – Ano passado você completou 20 anos de carreira, como você resume essa data?
Baleiro – São 10 discos de inéditas, projetos paralelos, DVD, carreira intensa. Com 20 anos a gente quer mais viajar, vir tocar no Conecta (risos), tomar banho no Paraguaçu. Tem sempre coisas para fazer mesmo numa carreira longeva.
JC – Você continua fazendo resgate de artistas, como fez com Sérgio Sampaio, Vanusa, Odair José?
Baleiro – Nesse último ano, fizemos o lançamento do disco de ‘Edy Star’, que é um baiano, de Salvador. Ele tocou com Raul Seixas e Sérgio Sampaio, naquele disco clássico ‘Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta: Sessão das Dez’, de 72, experimental. Ele é uma figura, trabalhou 20 anos em Madrid, com cabaré e só tinha um disco de carreira. Aí juntamos músicos amigos e fizemos o ‘Cabaré Star’
JC – Como andam os trabalhos da Saravá?
Baleiro – Esse foi o último lançado pelo selo. E agora vamos lançar trabalhos meus por ele.
JC – Obrigado pela atenção, será que você vai tocar no show o rap de Rael Envolvidão nesse seu vozeirão? E ‘Só Hoje’, do Jota Quest?
Baleiro – Eu é que agradeço a oportunidade. Mas, vou ficar devendo, pois, nenhuma das duas músicas estão no roteiro do show. Como já disse, sou convidado do Tagino e a base será o forró.
Jornal da Chapada