Com a chegada dos festejos juninos, a utilização de fogos de artifício aumenta sensivelmente. Com isso, a incidência de acidentes com os fogos e fogueiras são bastante recorrentes nesta época do ano e atingem, principalmente, as crianças. Segundo dados da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) em 2017, no período de 22 a 26 de junho, foram atendidos 35 pacientes vítimas de queimaduras por fogos de artifícios e explosão de bombas, no Hospital Geral do Estado (HGE).
O uso inadequado de bombas, foguetes e espadas é a principal causa de queimaduras no período junino. Coordenadora de um curso de Enfermagem do Centro Universitário Estácio na Bahia, Gabriela Sena diz que o uso de fogos deve ser evitado por crianças ou realizado sempre com a supervisão de um adulto. Outra recomendação da professora é que os fogos não devem ser estourados direto na mão.
“Sempre que os fogos forem utilizados é importante não estourá-los próximos às residências, hospitais e jamais estourá-los nas mãos. Se você estoura direto na mão corre o risco de o rojão não sair, o que pode acarretar uma queimadura gravíssima na mão, no rosto e até mesmo em todo corpo”, alerta.
Além da prevenção, outro aspecto importante ressaltado foi as primeiras ações a serem realizadas após o acidente. “O acidentado deve ser levado imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que um profissional possa avaliar a gravidade do ferimento”, afirma Gabriela.
Outro procedimento condenado pela professora é o uso de soluções caseiras para tratar as queimaduras. “Cuidar de uma queimadura com procedimentos caseiros é um risco à saúde. Não é recomendável passar no local afetado produtos como sal, água com açúcar, gelo, ovo, óleo, pó de café, manteiga ou pasta de dente. Mas infelizmente essa prática ainda ocorre e oferece riscos”, afirma.
Gabriela ressalta que o procedimento correto é lavar a lesão com água fria por 10 minutos. “Não pode ser água gelada, pois há o risco de lesionar ainda mais a pele. Também é importante evitar passar a mão suja no ferimento ou cobrir a área lesionada com algodão. As vítimas de queimaduras não devem tirar a pele da área afetada para não agravar a situação”, destaca. Jornal da Chapada com informações de assessoria.