A terceira edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê), que foi finalizada no último domingo (19), serviu de palco para os estudantes da rede estadual de ensino apresentarem as suas criações artísticas e literárias. Tratam-se de obras como canções autorais, poemas, poesias, pinturas, desenhos, esculturas, álbuns e outras formas de expressão artística que revelam o olhar dos estudantes sobre diferentes temas ligados ao contexto territorial e cultural de onde vivem. O secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, foi a Mucugê, no sábado (18), onde conferiu as apresentações e obras dos estudantes.
“A Fligê é algo importante na região com essa politica de feira literária, de incentivar sobremaneira principalmente a nossa juventude e é uma forma de, cada vez mais, ir discutindo o potencial de cada território, de cada localidade, sem perder a perspectiva de estabelecer uma relação com outros eixos literários. E aqui na Fligê tem muita gente de fora e só da rede estadual, por exemplo, tem vários estudantes de regiões bem distantes como Capim Grosso e Várzea do Poço”.
Ainda de acordo com o secretário, “Isto é um pouco da mesma experiência da Flica, em Cachoeira, quando tivemos a representação de mais de 40 municípios. Andaraí também vai fazer a sua feira este ano e a Secretaria vai participar com a ideia de incentivar sempre a realização dessas feiras literárias, inclusive, de maneira regional como fez Mucugê, tendo a participação dos municípios para a gente ir potencializando, cada vez mais, esse caminho literário na trilha da chapada a gente introduzir a trilha literária”, afirmou.
As obras dos estudantes fazem parte de projetos artísticos e culturais desenvolvidos pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Entre eles estão o Festival Anual da Canção Estudantil (FACE), Tempos de Arte Literária (TAL), Artes Visuais Estudantis (AVE) e Educação Patrimonial e Artística (EPA). A iniciativa tem o objetivo de agregar conhecimentos e disseminar os fazeres artísticos estudantis.
O estudante Jabson Costa, do município de Mirante, representou o Núcleo Territorial de Educação de Vitória da Conquista, junto com dois colegas. “Estar na Fligê é algo que soma muito para a carreira literária de qualquer pessoa e faz ter visões e inspiração para chegar em muitos outros lugares e ter a convicção de apresentar textos e debater temáticas. É um lugar que de fato abre a mente e proporciona ao participante apenas coisas boas e nós estamos aqui numa feira literária onde muitos são escritores e tantos outros são apreciadores de arte e nós viemos para apresentar a nossa arte”, disse.
Esta edição Fligê teve como tema “Literatura e Resistência: a vida nos rastros da palavra”. A Feira Literária também contou com mesas de conversa, encontros literários, leituras performadas, contação de estórias, oficinas e outros formatos artísticos. A professora de Língua Portuguesa e Literatura, Valéria Rios, do Colégio Estadual Felipe Cassiano, localizado em Várzea do Poço, ministrou a oficina “Imagens, Música e Literatura” para os estudantes participantes da Fligê. “Abordei sobre a geração selfie a partir das múltiplas linguagens do cotidiano e foi muito interessante dialogar com crianças e jovens de diferentes lugares da Bahia”, revelou a educadora, que está à frente do Clube de Leitura do colégio “Livre-se”.
Vistoria
Após passagem pela Fligê, a equipe técnica da Secretaria da Educação do Estado vistoriou as instalações do Colégio Estadual Horácio de Matos, em Mucugê, e o Colégio Estadual Dr. Francisco Rocha Filho, localizado no município de Abaíra. Na ocasião, o secretário e toda equipe percorram as instalações das unidades com o intuito de propor melhorias na parte física e novas ofertas no eixo pedagógico escolar. As informações são da SEC.
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