Sentimentos de tristeza, frustração e culpa são frequentes dentre as mulheres que não conseguem ter filhos. O segundo domingo de maio, dedicado às mães, pode reforçar esses sentimentos e a angustia de muitos casais que não conseguem ter filhos naturalmente. A boa notícia é que, segundo os especialistas em reprodução humana, a maior parte dos casos de infertilidade pode ser prevenida ou revertida com medidas simples. Nem todos os casais que enfrentam problemas de fertilidade necessitam recorrer a uma técnica mais complexa de reprodução assistida.
Em homenagem ao Dia das Mães, a clínica Insemina Centro de Reprodução Humana, especializada em medicina reprodutiva, disponibiliza, no próximo dia 9 de maio, consulta e aconselhamento reprodutivo gratuitos para 60 casais inférteis. O objetivo do atendimento é orientar casais sobre possíveis problemas que estejam dificultando a gravidez, indicar medidas para aumentar as chances de uma gestação natural ou esclarecer, quando houver indicação médica, sobre tratamentos específicos. O agendamento deve ser realizado previamente pelo telefone (71) 3012-3010, dentro do limite de vagas.
“A maternidade é um dom e um sonho na vida de boa parte das mulheres, importante na constituição de uma família nas suas mais variadas configurações. A medicina reprodutiva entra para ajudar quando a mulher não consegue exercer o seu direito de ser mãe naturalmente ou também quando o homem é acometido pela infertilidade”, afirma o ginecologista Joaquim Lopes, especialista em Reprodução Humana e diretor da Insemina. “Homens e mulheres dividem a responsabilidade pela infertilidade. Sabemos que cerca de 40% dos casos de infertilidade de um casal são atribuídos à mulher, 40 % aos homens e em 20% dos casos as causas são indefinidas ou o problema está presente nos dois”, ressalta o médico.
O atendimento será realizado das 8h às 12h e das 13h às 17h, na sede da clínica Insemina, no Comércio (Rua Miguel Calmon, nº 40, Edifício Conde dos Arcos, salas 102 e 103), em Salvador. A recomendação é que os pacientes levem seus exames mais atuais e compareçam acompanhados de seus parceiros. Os pacientes do sexo masculino que forem atendidos poderão agendar, gratuitamente, o exame de espermograma, caso haja a indicação médica. O exame de análise laboratorial do sêmen é a principal maneira de avaliar a capacidade reprodutiva do homem.
Infertilidade
A infertilidade conjugal é caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos. Cerca de 15 % da população brasileira em idade reprodutiva é afetada pela infertilidade. Segundo Joaquim Lopes, “a maior parte dos casos de infertilidade pode ser prevenida ou revertida com medidas simples”. Nem todos os casais que enfrentam problemas de fertilidade necessitam recorrer a uma técnica mais complexa de reprodução assistida. Estima-se que apenas um terço dos casais com problemas para ter filhos precisa de técnicas mais complexas para realizar o sonho de ter um bebê.
Alguns fatores comportamentais estão associados à infertilidade ou podem retardar a gravidez em indivíduos férteis. “Há algumas medidas que aumentam a chance de gravidez natural”, afirma o médico. “Manter relações sexuais com frequência regular de duas a três vezes por semana e saber o período fértil são comportamentos que contribuem para uma gestação natural”, acrescenta. Ele lembra também da importância do sexo seguro para evitar infecções que podem causar infertilidade.
Várias são as causas mais comuns que podem levar à infertilidade feminina, dentre elas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), os distúrbios hormonais, obstrução nas trompas, problemas de malformação ou tumores no útero, endometriose, miomas e ovários policísticos. A varicocele é um dos principais fatores de infertilidade masculina. A baixa produção de espermatozoides pelo testículo, causada por alterações hormonais, a mobilidade dos espermatozoides e a qualidade do sêmen são alguns dos fatores que influenciam na fertilidade do homem. Há também causas genéticas em pacientes que não têm espermatozoides (azoospermia) ou que apresentam uma concentração inferior a cinco milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen (oligozoospermia severa).
Fatores como o estresse, obesidade, as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), o tabagismo, o consumo de álcool e de drogas, a poluição, uso de alguns medicamentos, problemas da tireoide e a própria ansiedade também podem comprometer a fertilidade. As informações são de assessoria.