O deputado federal David Miranda (PSOL) disse ter encaminhado à Polícia Federal (PF), na última terça-feira (11), e-mails que teria recebido com ameaças de morte contra ele e sua família. De acordo com o deputado, o número de ações de “grupos de ódios e homofóbicos” cresceu após o vazamento das conversas do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com procuradores da Operação Lava Jato.
Miranda é casado há quase 15 anos com o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, com quem tem dois filhos. O deputado disse ainda que havia aberto uma queixa-crime na PF no dia 13 de março deste ano, por ter recebido ameaças pelas redes sociais ao assumir a vaga de Jean Wyllys (PSOL), que renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados. Para Miranda, o companheiro de partido “renunciou por receber repetidos ataques cibernéticos com a mesma gravidade”.
“Preocupo-me com a minha segurança e da minha família e, para nos resguardar, fiz os devidos encaminhamentos às autoridades competentes”, declarou em nota oficial enviada à imprensa na última segunda (17). “O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tomou providências a partir do ofício que encaminhei à presidência da Casa, oferecendo-me apoio do Departamento da Polícia Legislativa”, ressaltou Miranda na nota.
O partido do deputado também emitiu um comunicado oficial no qual exige a apuração das ameaças. “Estamos diante de ameaças de morte e tentativas de extorsão endereçadas a David Miranda. As ameaças, eivadas de homofobia e racismo, exigem 10.000 dólares e ameaçam de morte a mãe de David. Além disso, os autores das ameaças reivindicam participação no assassinato de nossa companheira Marielle Franco. Ameaças como essas têm levado várias pessoas a deixarem o país, como Jean Wyllys”, informou a nota. Jornal da Chapada com informações da Revista Veja.