Jair Bolsonaro voltou a provocar o povo nordestino. O chefe do Planalto pegou o microfone da câmera da TV Globo e pediu “chuva de honestidade” para a região. “Queria que a Globo botasse no ar um vídeo com uma canção lá do Nordeste, chama-se Chuva de Honestidade”, afirmou. “É uma canção que é mais velha que eu, de 54, e o que o Nordeste sempre precisou foi disso, chuva de honestidade. E o Brasil agradece”, acrescentou.
“Chuva de honestidade” era a canção preferida do ex-deputado Osvaldo Coelho (PFL, atual DEM), que morreu em 2015. Um dos trechos diz: “Israel é mais seco que o Nordeste/ No entanto se veste de fartura/ Dando força total à agricultura/ Faz brotar folha verde no deserto/ Dá pra ver que o desmando aqui é certo/ Sobra voto, mas falta competência pra tirar das cacimbas da ciência água doce que serve a plantação”.
Antes de conversar e tirar fotos com os cinegrafistas, Bolsonaro perguntou sobre os jornalistas. “Não tem nenhum urubu aí? Urubu que eu chamo é repórter. Vocês [cinegrafistas] não. Vocês são tropa amiga. Não tem nenhum urubu não?”.
“Paraíbas”
O chefe do Planalto já havia causado polêmica, no mês passado, ao usar outro termo preconceituoso contra o Nordeste. Foi divulgado um vídeo em que Bolsonaro fala sobre “governadores de paraíba” e cita o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). “Não tem que ter nada para esse cara [Dino]”.
Cai popularidade
A reprovação de Bolsonaro no Nordeste aumentou 27 pontos percentuais em oito meses. Em janeiro 26% dos eleitores da região avaliavam o presidente como ruim e péssimo. De acordo com pesquisa XP Investimentos/Ipespe, o percentual chegou a 53% em agosto. As informações são do Brasil247.