Lula recebeu os jornalistas para uma entrevista ao jornal argentino ‘Página 12’, no dia 11 de setembro, no prédio da Superintendência Regional da PF no Paraná e foi escoltado por um agente durante toda a conversa. Preso há mais de 500 dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas à TV Globo e chamou o ministro Sergio Moro de “canalha” e “mentiroso”.
“No dia em que eu parar de acreditar na Justiça, fico imaginando o que vou fazer. Não é porque um juiz [Moro] tenha sido um canalha que você deve julgar toda a Justiça por causa desse erro”, ataca ex-presidente ao falar sobre a confiança na Justiça e o ministro Moro.
A imprensa televisiva também foi criticada pelo petista. “Entre as principais notícias televisivas do Brasil, segundo pesquisa feita por um professor da UFMG, em pouco mais de um ano, são 80 horas falando mal do Lula. E, ao mesmo tempo, tem mais de 100 horas transformando um juiz mentiroso em um herói”, afirmou.
Ainda sobre a imprensa, o petista também fez críticas à TV Globo. “Há dez anos, ela [Globo] conta mentiras sobre mim. Há uma grande pressão da imprensa brasileira, especialmente da Globo, para que Lula não saia da prisão. Porque o grande problema da operação Lava Jato é que ela deixou de ser uma operação de investigação de corrupção e se tornou um partido político”, disse ao veículo.
Na continuação da entrevista, o ex-presidente disse que não quis sair do país para provar sua inocência. “Eu poderia ter deixado o Brasil, mas vim aqui porque têm quatro pessoas que sabem a verdade sobre esses processos contra mim: eu, Deus, o juiz e o promotor. Eles sabem que mentem. E Deus e eu sabemos que estou com a verdade”.
Já na parte final da conversa com o jornal argentino, Lula declarou que espera “que o Brasil não precise” dele e que seu papel é contribuir para dar destaque a “pessoas mais jovens e com mais energia” do que ele. As informações são do Notícias Uol.
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