Kelvin Lima Alves e Victor Pereira Moura, alunos do 4º ano do curso técnico integrado de informática, garantiram medalhas de prata e bronze, respectivamente, para o campus do Ifba de Jacobina, na Chapada Norte, na segunda fase (etapa estadual) da Olimpíada Brasileira de Robótica, edição 2019. Participantes da modalidade teórica da competição no nível 5 (destinado a estudantes do ensino médio ou técnico), os jovens alcançaram 78 e 67 pontos.
“Bati na porta da medalha de ouro!”, diz Kelvin, já que 80 pontos eram a exigência para essa colocação. Em 2018, o jovem conquistou medalha de bronze. “Achei a prova deste ano mais fácil, provavelmente por estar mais preparado”, comenta. Para o colega Victor, que alcançou 67 pontos, sendo 60 a nota de corte para o bronze, foi a primeira medalha em olimpíadas do conhecimento.
Apesar de ter se classificado em 2017 e 2018 para a segunda fase da OBR, ainda não havia comparecido à etapa estadual, que, neste ano, foi realizada na cidade de Juazeiro. Integrante de projetos de automação desenvolvidos no campus sob orientação do docente William Guterres, Victor teve a oportunidade de aperfeiçoar conceitos nas áreas de circuitos e programação com Arduino, o que, em suas palavras, serviu de incentivo por dialogar diretamente com a formação técnica em informática.
“No ano passado, quando a robótica no campus passou a ser coordenada pelo professor Vitor, minha equipe montou um robô de Lego para o torneio de sumô, que aconteceu na Semana de Ciência e Tecnologia. Essa participação foi decisiva para despertar o interesse em realizar as provas teóricas da OBR, que finalmente me renderam esse bronze”, explica.
Difusão da Robótica
Iniciativa pública, gratuita e sem fins lucrativos, criada e gerida por voluntários, sobretudo professores-cientistas, a OBR estimula jovens de todo o Brasil a utilizarem a robótica como ferramenta educacional. Através da chamada interna da Pró-Reitoria de Extensão do Ifba, em parceria com o Polo de Inovação Salvador (Proex-PIS), o Campus Jacobina tem realizado, há cerca de dois anos, ações focadas na difusão da robótica.
Com base na interdisciplinaridade e perspectiva lúdica, a meta do projeto é de que os alunos envolvidos, tanto do Instituto quanto de outras instituições, experimentem, na prática, as possibilidades deste “admirável mundo novo”. Para o professor Vitor Teixeira, coordenador da iniciativa e engenheiro elétrico, a robótica pode ser utilizada no ensino de conteúdos transversais, que vão desde eletrônica e mecânica a ciências humanas e sociais.
“Na Semana de Ciência e Tecnologia 2018, organizamos torneios de sumô e apresentamos robôs comandados por celular. Neste ano, já estamos com artigos aprovados em eventos científicos, abordando os primeiros resultados do projeto”, explica. As informações são de assessoria.