A professora Maria Eunice de Macedo tinha o sonho de construir uma escola para a comunidade onde morava, no bairro Parque Lagoa Subaé, no município de Feira de Santana. Para conseguir realizar sua ideia, a mulher teve até que vender o carro. “A escola surgiu da necessidade de uma comunidade. Era pra ser um projeto de alguns dias, mas quando vi a quantidade de crianças e adolescentes sem serem alfabetizados fiquei muito preocupada com a situação. Foi quando comecei a alfabetizar esses alunos que tinham por volta de 9 a 16 anos”, conta a professora.
A mulher conseguiu uma lona e alguns piquetes para dar o ponta pé inicial na Escola Santo Expedito, com a alfabetização de crianças e adolescentes. De acordo com a Prefeitura de Feira de Santana, o trabalho ganhou uma proporção tão grande que de alguns poucos alunos que tinha, logo Maria Eunice estava com cerca de 460 estudantes em sua sala de aula improvisada. Sem ter espaço e estrutura para tantos alunos, a professora tomou uma decisão surpreendente.
“Quando surgiu um terreno em frente ao local que estávamos não pensei duas vezes, vendi meu carro, comprei esse espaço e montei o que hoje é a Escola Santo Expedito”, revela. As obras foram custeadas por ela, com apoio de outros moradores no local. “A escola foi toda construída pela comunidade. Começamos com 3 salas e hoje estamos com 10”, acrescenta. O trabalho de alfabetização no local vem sendo feito há 22 anos.
A escola, que passou recentemente por uma reforma realizada em parceria entre a prefeitura e empresas privadas, hoje recebe também aulas de teatro, ballet e capoeira através do Programa Arte de Viver. “Sempre tivemos o cuidado de trabalhar formando um cidadão mais consciente com melhor qualidade de vida através da escola porque é na escola que se muda tudo. Só se pode mudar um país com educação e é nela que eu confio”, explica Maria Eunice. As informações são do site AratuOn.