Com previsão de entrega para março de 2020 e mais de R$92 milhões investidos, as obras da Barragem de Baraúnas/Vazante, na região do município de Seabra, na Chapada Diamantina, estão paradas e cerca de 60 funcionários foram demitidos. O tema voltou a ser debatido na Câmara de Vereadores da cidade chapadeira no dia 5 de dezembro, última quinta-feira. A Casa Legislativa realizou uma audiência pública para discutir o andamento das obras da barragem e a falta de água na região.
A comissão, composta pelos vereadores Lauro Roberto Ferreira Oliveira, Gilmária Rosa de Oliveira, Jeannethe Brandão de Souza e Lilia Carneiro da Silva, teve o apoio dos demais vereadores da Casa. Estiveram presentes na audiência, presidentes de associações comunitárias, ambientalistas, representante da prefeitura, representante da Polícia Militar, representante do governador da Bahia (Rui Costa), dentre outros participantes.
Está previsto o investimento de R$ 92 milhões para a construção da barragem. Em março de 2017, o tempo previsto para concluir a obra era de 18 meses. Durante a visita dos vereadores ao local no mês de outubro de 2019, foram informados de que a previsão de conclusão seria em março de 2020 (veja aqui). Atualmente as obras estão paradas, conforme informação do representante da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb), cerca de 60 funcionários foram demitidos.
De acordo o representante da Cerb, a construtora responsável pelas obras informou sobre a paralização na última semana, tendo como justificativa inviabilidade financeira. Segundo dados enviados ao Jornal da Chapada, a comunidade cobra a conclusão das obras, pois “solucionar o problema da falta de água no município é de fundamental importância, pois o momento é crítico. Os poços operados atualmente estão apresentando redução de vazão”.
Nas considerações finais, o presidente da Câmara de Seabra, vereador Marcos Pires Ferreira Vaz, falou sobre a importância do debate dos temas propostos e sobre recorrer junto a forças políticas para solucionar o problema. “Se a empresa não está trabalhando, cabe ao responsável pela contratação [Governo do Estado] convocar a segunda colocada ou então fazer uma segunda contratação [licitação]”, disse.
Sobre a segurança hídrica, o presidente do Legislativo de Seabra concluiu que outras medidas precisam ser tomadas já que provavelmente a água da Barragem só chegará a Seabra em dez anos. Jornal da Chapada com informações de assessoria.
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