Com a decisão de sair da política tomada desde a derrota na eleição de 2018, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, irmão do ex-ministro Geddel – preso pela lava jato -, apresentou pedido de desfiliação do MDB e colocou em prática o plano de deixar a vida pública. Ao site Bahia Notícias na última sexta-feira (3), Lúcio afirmou que concluiu “a missão de transição e renovação do partido na Bahia” com a filiação do presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior.
O ex-deputado teceu elogios ao novo filiado do MDB, Geraldo Junior, na condução do bloco MDB-PTB-SD-PSC e adiantou que o presidente da Câmara vai assumir, inicialmente, a presidência do partido no âmbito municipal. “Logo de saída ele vai ser presidente municipal do MDB, já deixei vaga para isso, tudo é mandato logicamente. Quando tiver convenção ele pode ocupar a presidência estadual, e até vice-presidência nacional, ele tem tamanho para isso”, revelou.
Os planos de Lúcio agora são de se dedicar à família, aos processos que responde na Justiça, além de “ficar de fora dando risada de Alex Futuca e Geraldinho que assumiram um problemão, porque política é só problema”. Os dois vão dividir o comando do MDB.
O ex-deputado baiano responde a dois processos: um sobre suposta lavagem de dinheiro a partir de locação de maquinário agrícola e venda simulada de gado e um sobre o bunker com R$ 51 milhões encontrados pela Polícia Federal em um prédio na Graça e atribuído a ele e ao irmão e ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Aos 57 anos, Lúcio Vieira Lima está na política desde os 18 e foi filiado apenas ao MDB durante toda a vida. Ele relata que desde a derrota da eleição de 2018, em que concorreu à reeleição para o cargo de deputado federal, vem se afastando gradativamente dos cargos políticos. Ele já havia saído do diretório e da Executiva da sigla em Brasília, e com a organização do diretório estadual do partido em novas mãos, de Alex Futuca e Geraldo Junior, deu a missão de “ter um partido forte e lideranças fortes” como encerrada.
Alex Futuca é o presidente estadual do MDB, e tem um perfil que “não é político, é de administrador, empresário”. Segundo Lúcio, Futuca assumiu a presidência da sigla na Bahia e a segunda etapa era trazer um nome forte. “Qual foi nosso trabalho? Apareceu a possibilidade de Geraldinho vir para o MDB, na presidência da Câmara ele adquiriu dimensão que não tinha anteriormente”, explicou Vieira Lima sobre o processo. Matéria extraída na íntegra do site Bahia Notícias.