Mesmo diante do crescimento vertiginoso dos casos de coronavírus e mortes em decorrência da doença no Brasil, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro seguem desrespeitando as recomendações de isolamento social e se aglomerando, o que para especialistas é como gasolina em um incêndio.
Neste domingo (5), além do “jejum contra o coronavírus”, manifestantes realizaram atos pedindo o fim do isolamento social e a reabertura do comércio, encampando o discurso que vem sendo promovido por Bolsonaro, que minimiza a pandemia e vai contra as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Manifestação em frente ao Palácio do Buriti (sede do governo de Brasília) pedindo o fim do isolamento social e a reabertura do comércio. Hoje eles decidiram sair dos carros: pic.twitter.com/VFoN11l8Wy
— Brunno Melo (em🏠) (@BrunnoMeloCBN) April 5, 2020
Em Brasília (DF), um grupo de cristãos deu as mãos e orou em frente ao Palácio da Alvorada. Outro grupo se reuniu em frente o Palácio do Buriti, sede do governo do DF, para pedir o fim do isolamento social e gritar palavras de ordem e apoio a Bolsonaro.
Situação parecida foi registrada em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba (PR), onde manifestantes se reuniram para orações. Muitos usavam máscaras de proteção, mas mantinham-se aglomerados e, muitas vezes, abraçados.
Em São Paulo também teve quebra de isolamento. O ato em frente a Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) pedia o impeachment do governador João Doria (PSDB), que tem entrado em rota de colisão com Bolsonaro, e também o fim do isolamento.
No último domingo (29), Bolsonaro deu um passeio pelas ruas do Distrito Federal para a “volta à normalidade” e cumprimentar comerciantes. As informações são do site da Revista Fórum.
Alesp – São Paulo
Hoje. pic.twitter.com/4khDCKJ0Ml— Dorivas 🇧🇷 (@dorivas5) April 5, 2020