A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou nesta sexta-feira (24), em live no Facebook, estar se sentindo traída pelo ex-ministro Sergio Moro e disse que está “fechada” com o presidente Jair Bolsonaro. O ex-juiz da Lava-Jato pediu demissão do Ministério da Justiça e da Segurança Pública após a exoneração de Maurício Valeixo do comando da Polícia Federal.
Ao Jornal Nacional, Moro enviou uma cópia de troca de mensagens com Zambelli, nas quais a deputada do PSL sugere que o ex-ministro poderia ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro, se aceitasse a indicação de Alexandre Ramagem, atual chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), como novo diretor-geral da PF.
Aos seguidores, Carla afirmou ter se sentido traída pela exposição feita pelo ex-ministro. “Não se vaza. Não se faz isso com as pessoas. Ele tinha um mandado para vazar assim? Será que isso é só trairagem ou é crime também? Eu estou decepcionada”, desabafou a aliada de Bolsonaro.
A deputada do PSL disse ainda que encarou a saída de Moro do governo como “o divórcio de seus pais”, destacando considerar Bolsonaro e o ex-ministro duas pessoas honestas e idôneas “apesar de acreditar que Bolsonaro nunca vazaria um print desses”.
Ela negou que tenha tentado comprar o passe do ministro alegando não ter poder para prometer vaga no STF. Em sua avaliação, com o vazamento da conversa, Moro foi “maligno”.
Na live, ela destaca que Bolsonaro foi eleito com 57 milhões de votos e que, quando isso ocorreu, ainda não se sabia que Moro seria ministro. Disse ainda para os seguidores não ficarem tristes, que todos continuem com Bolsonaro e que “Moro vai passar”.
Segundo o print publicado pelo Jornal Nacional, Carla teria se comprometido a ajudar a convencer Bolsonaro a indicá-lo para a Suprema Corte. Ainda de acordo com as cópias das mensagens apresentadas por Moro, ele então respondeu: “Não estou à venda”. E complementou: “Vamos aguardar, já há pessoas conversando lá”. As informações são do site do Correio Braziliense.
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