O general de Brigada Eugênio Pacelli Vieira Mota se desculpou, em carta, por não atender os “interesses pontuais” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Exonerado um dia antes do presidente determinar a revogação de três portarias do Comando Logístico (Colog) do Exército, que determinavam um maior controle sobre rastreamento, importação e identificação de armas de fogo, o general denunciou a pressão de Bolsonaro sobre o Exercício Brasileiro.
“Desculpe-me se por vezes não os atendi em interesses pontuais… Não podia e não podemos: nosso maior compromisso será sempre com a tranquilidade da segurança social e capacidade de mobilização da indústria nacional”, afirma o general em carta, segundo reportagem de Patrik Camporez, no jornal O Estado de S.Paulo desta terça-feira (24).
Uma semana depois de os atos serem publicados pelo Exército, o general deixou o cargo de Diretor de Fiscalização de Produtos Controlados. Ele chefiava o grupo que elaborou os textos. As portarias implementadas pelo Exército foram elaboradas a partir de uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), de junho de 2018, por causa da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro.
Jornal da Chapada
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