Em pleno surto do novo coronavírus (Covid-19), associado às medidas de prevenção para salvar vidas, empresários autônomos e microempreendedores precisaram se reinventar. Empresas e organizações que atuam com eventos foram as mais impactadas com a pandemia – que pegou todos de surpresa -, mas se moldar ao novo momento não é difícil e é preciso empatia, calma e muita criatividade.
Para entender mais sobre os desafios da quarentena, o Jornal da Chapada procurou a jovem empresária e enfermeira emergencista, Maiana Andrade, de 30 anos, para contar como tem lidado com os novos obstáculos impostos ao ramo de decoração de festas no período. Ela é sócia da ‘Casa da Festa’ (siga no Instagram @casadafestacruz), localizado em Cruz das Almas, município do Recôncavo Baiano, e conta com mais duas sócias, sua irmã Laira Andrade e sua mãe Yara Andrade.
Além da jornada dupla de trabalho, Maiana tem elaborado estratégias para manter as vendas e locações de peças de decoração. “No início começamos com a campanha ‘#vai ter Páscoa sim’!”, aponta. A hashtag viralizou nas redes sociais e a jovem empreendedora aproveitou para divulgar parceiros do ramo de decoração, confeitaria, papelaria de festa em geral, bem como outras lojas de artigos para festa.
“Muitas pessoas se preocupam tanto com concorrência, que esquecem que nesse ramo o maior concorrente é ele mesmo. O profissional que não está antenado e não se atualiza constantemente termina perdendo espaço”, conta a empresária. A loja também disponibilizou kits de festa pronta, com dizeres populares como: ‘é só um bolinho’ e ‘vai ser só pra família’. O intuito é levar ao cliente opções práticas para que tenham seu momento de confraternização garantido.
Segundo Maiana Andrade, a aposta do momento é a ‘festa na caixa’, um serviço que disponibiliza ao cliente tudo o que uma festa precisa para acontecer. “Bolo, brigadeiro, guloseimas, dentre outras delícias, tudo feito personalizado para que o cliente tenha a melhor opção de festa e praticidade. Os primeiros dias têm sido um sucesso, os clientes adoraram a ideia. Para nós, cada caixa leva um sentimento único, elaborado especialmente para cada cliente, e ainda aproveitamos para enviar dentro da caixa máscaras de tecidos de fabricação própria, para que possamos contribuir também na proteção da população”, garante a jovem e criativa empresária do ramo de festas.
Maiana ainda ressalta a importância de se estabelecer conexões emocionais, principalmente no momento de enfrentamento da Covid-19 – que afastou muitas famílias. “Foi imposto o momento de distanciamento social pela quarentena, porém, não precisa ser distanciamento emocional. Na minha vivência como enfermeira, vejo que nem sempre posso estar presente em ocasiões especiais para família, assim como para outras pessoas com rotinas corridas. Então, para muitos, têm sido uma oportunidade de estar mais próximos de quem amamos, e nada melhor que celebrar este momento”, completa a sócia da ‘Casa da Festa’.
Jornal da Chapada